Os 13 episódios da atração prometem, sobretudo, muita emoção, como destacou o apresentador Tiago Leifert. Ele, aliás, vai praticamente emendar o The Voice, que termina em dezembro, com seu début no BBB em janeiro. “Toda vez que sobe alguém neste palco é uma grande surpresa e sempre emocionante. Nesta temporada, acho que isso ainda está mais exacerbado”, analisou.
O ano de 2016 vai marcar também o tira-teima entre os técnicos, já que cada um deles venceu uma temporada. Carlinhos Brown com Ellen Oléria, em 2012; Claudia Leitte com Sam Alves, em 2013, Lulu Santos com a dupla mineira Danilo Reis e Rafael, em 2014, e, no ano passado, Michel Teló, que substituiu Daniel, venceu com Renato Vianna. “Claro que é uma competição, mas, acima de qualquer coisa, o que prevalece é a troca, a emoção.
Há algumas novidades reservadas para esta edição. Nas audições às cegas, os candidatos seguem avaliados apenas pela voz. Nessa etapa, os quatro técnicos continuam virando as cadeiras e montando os times. Se mais de um técnico optar pelo mesmo candidato, a escolha de com quem trabalhar é do próprio artista. Com as equipes formadas, começam as batalhas. Nelas, os competidores cantam em duetos com integrantes dos próprios times. Após a apresentação, o técnico decide quem avança para a próxima fase e quem deixa o programa.
Nessa fase o jogo muda este ano: os técnicos não contarão com o auxilio dos assistentes, como nos anos anteriores. No lugar deles haverá um supertécnico, um grande nome da música que poderá ser decisivo na disputa da próxima e nova etapa do musical: A batalha cruzada. O nome escolhido para ocupar esse cargo é o de Ivete Sangalo. A cantora irá ajudar Claudia Leitte, Carlinhos Brown, Lulu Santos e Michel Teló com orientações especiais aos candidatos durante os ensaios, que preparam, escolhem e dividem os cantores para a fase das “batalhas”. “Ao longo desses cinco anos, a gente tem tentado se aperfeiçoar e aprender cada vez mais.
O The voice Brasil tem direção artística de Creso Eduardo Macedo e irá estrear, excepcionalmente hoje, por causa do jogo Brasil x Bolívia, que será disputado amanhã pelas eliminatórias da Copa. Nas semanas seguintes, o reality musical volta para o horário normal, às quintas-feiras, após A lei do amor.
NOVA REPÓRTER Depois de Daniele Suzuki, Miá Mello e Fernanda Souza, chegou a vez de Mariana Rios ser a mais nova repórter do The voice Brasil. A atriz e cantora mineira, de 31 anos, contou que tem se envolvido bastante com os participantes e se identificado com eles.
“Comecei a cantar com 7 anos e cheguei a me inscrever em alguns programas de televisão de música aqui na Globo, como o Fama, e também me inscrevi para ser cantora da banda do Faustão. Então, ver essas pessoas aqui tentando o sonho de ser cantores é muito próximo da minha realidade”, comentou Mariana, visivelmente emocionada.
A artista, nascida em Araxá, no Alto Paranaíba, lembrou que, quando chegou ao Rio de Janeiro, aos 18 anos, era uma menina de uma cidade com 80 mil habitantes do interior de Minas e que achava que a Cidade Maravilhosa era uma novela do Manoel Carlos. “Só depois fui perceber que a realidade não era bem assim. A vida é uma luta. Então, quando vejo essas pessoas que têm sonhos parecidos com os meus, é tudo muito perto da minha vida. Vivi isso, passo por isso. E os sonhos da gente são infinitos”, complementou.
VERSÕES DESTRUIDORAS A Globo descobriu agora o octogenário Leonard Cohen.
Canção de 1984 com letra cheia de referências bíblicas – de Sansão e Dalila até o rei Davi – virou, na versão global, algo rasteiro como “precisamos gritar ao mundo aleluia”.
Os destruidores de canções alheias são algo comum na música pop. No Brasil, são vários os exemplos de versões em português. Algo diferente do cover, que também tem o poder destrutivo – o exemplo mais recente foi a interpretação de Cláudia Ohana para Smells like teen spirit, do Nirvana. Geralmente, as versões se popularizam, pois vêm na esteira do sucesso original e com letras mais palatáveis.
Seu Jorge é um especialista nesta seara. Em novembro, 10 meses após a morte de David Bowie, ele inicia nos EUA e no Canadá a turnê A life aquatic, com repertório em português para canções como Ziggy Stardust, Changes e Rebel rebel.
As versões foram lançadas em 2005, no álbum The life aquatic studio sessions, registrado logo após Seu Jorge participar do filme A vida marinha com Steve Zissou (2004). No longa, ele aparece cantando músicas de Bowie. Nos versos “jorgianos”, o rock star alienígena Ziggy Stardust é capaz de cantar “nega abaixa essa saia/ia ia ia/gente assim se atrapalha”.
Não contente, Seu Jorge também iniciou, uma década atrás, parceria com Ana Carolina. A canção que mais rendeu à dupla foi É isso aí, versão para a The blower’s daughter, canção romântica do irlandês Damien Rice. Fez, no Brasil, mais sucesso que o registro original. Curiosamente, a mesma fonte rendeu outra canção em português: Então me diz, versionada por Zélia Duncan e gravada por Simone.
Ainda na linha tributo a um artista só, Zé Ramalho dedicou um álbum a Bob Dylan (Tá tudo mudado, de 2008). O vento vai responder é seu registro para Blowin in the wind; Batendo na porta do céu a de Knockin on heaven’s door.
E a história continua a perder de vista. Hino da new wave, Psycho killer, dos Talking Heads, virou nada menos do que Então se joga, do sertanejo Henrique Costa. A versão foi “cometida” há três anos e, desde o polêmico lançamento, pouco mais se ouviu falar do aspirante de Michel Teló.