“Tem coisa melhor do que divertir as pessoas? Tem muita gente que faz isso com maestria e eu, normalmente, não sou convidada para fazer comédia. Ao longo da minha vida, fiz mais drama do que comédia”, diz a atriz, que completa: “Se eu me acho divertida? É difícil ter uma opinião tão precisa a respeito da gente mesmo, mas alguns amigos me acham engraçada. Mas não sei se é generosidade deles. Quando a gente está com quem gosta, enxergam o nosso melhor.”
Prestes a completar 50 anos, Malu afirma que isso não a preocupa, pois acha que envelhecer é difícil para qualquer pessoa. Com leveza e tranquilidade, a atriz diz que, além de atuar, gostaria de ter novas experiências como diretora.
“Quero aprender, porque encarar um filme de ficção dirigindo não é fácil. Até grandes diretores demoram para se aventurar. Porque isso é uma coisa que você tem que estar muito segura do teu roteiro, da tua equipe, para depois captar. É uma longa estrada. Nunca fantasiei dirigir novela. Sempre que me imagino dirigindo é uma obra fechada, que a gente tem um domínio sobre o que está fazendo”, confessa.
COMÉDIA ROMÂNTICA
Em Haja coração, Malu faz o papel do grande amor de Aparício (Alexandre Borges), que a largou para se casar com a rica Teodora Abdala (Grace Gianoukas). Por sua personagem não fazer um humor pastelão, a atriz está confiante no resultado das cenas, que tendem para uma comédia de situação.
“É uma novela cômica. O meu lado não é aquela comédia rasgada. É mais uma comédia romântica, o que me agrada bastante. É uma área que acho que posso ir tranquila”, conclui.
DE MOCINHA A FEMINISTA
Com uma lista longa de mocinhas românticas, Malu Mader diz que esse tipo de papel nunca lhe incomodou por terem sido grandes oportunidades. A atriz acredita que um ator é construído a partir das histórias das quais participa. Por isso cita que trabalhar com autores que sempre admirou, como Gilberto Braga, Cassiano Gabus Mendes, Walther Negrão e Antônio Calmon, a deixou muito satisfeita.
“Não posso reclamar porque trabalhei bastante com um grande autor que é o Gilberto Braga. Fiz novelas de outros autores que também admiro.
Para Malu, o que ajuda um ator a fazer um bom trabalho é acreditar plenamente no projeto em que está inserido. Com a intenção de emocionar e propor reflexão, a atriz gosta de dar vida a personagens que toquem seu coração e que, de alguma forma, sejam significativos, como a inesquecível Lurdinha, de Anos dourados, e Maria Lúcia, de Anos rebeldes.
“Foram minisséries muito feministas. As personagens femininas começam de um jeito e terminam de outro completamente diferente por causa das experiências pelas quais passam. Em 1950, as mulheres eram discriminadas por fumar, por serem desquitadas. Já Anos rebeldes foi no período dos caras pintadas. Então, foram trabalhos de relevância”, avalia.
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