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Desordens sistêmicas e o novo coronavírus podem levar a queda de cabelo

A Dra. Hellisse Bastos conta que quadros infecciosos como o novo coronavírus podem desencadear a queda de cabelo, como alopecia areata e eflúvio telógeno, além de poder agravar casos de alopecia androgenética.

O corpo costuma dar sinais quando algo não vai bem, em especial quando há alguma desordem no nosso organismo, como por exemplo, baixa do sistema imunológico. Mais do que nunca, em tempos de pandemia de coronavírus, esta tem sido uma das maiores preocupações de todos, já que não há vacina ou medicamentos para combater o covid-19.



Alopecia e coronavírus

Segundo a Dra. Hellisse Bastos, quadros infecciosos como o novo coronavírus também podem desencadear ou agravar o quadro da alopecia: "A Sociedade Brasileira de Dermatologia desenvolveu estudos que apontaram que quadros de infecções podem desencadear a alopecia areata, que é a queda de cabelo abrupta (do dia para noite) em áreas focais do couro cabeludo, por causas pós infecciosas, doenças auto-imunes, inflamações ou até mesmo traumas físicos. Felizmente, após tratada a infecção, o cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total. Isso ocorre porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos pela inflamação."

Desordem sistêmica e queda de cabelo

A especialista, que é dermatologista e atuante em casos de desordem sistêmica, revela como é o tratamento dado pelo corpo a pele, unhas e cabelo em caso de desequilíbrio ou infecção: "cabelo, pele e unhas são os órgãos menos vitais do corpo. Nesses casos, nosso organismo é tão inteligente que começamos a ter sintomatologias nesses três áreas interligadas, pele, cabelo e unhas e a isso chamamos desordem sistêmica. Isto serve como alerta que algo não está bem. Isso quer dizer que ninguém morre por ter unhas fracas ou queda de cabelo, mas que será alertado pelo próprio corpo que algo está em desequilíbrio e é preciso fazer alguma coisa."

A especialista ressalta: "tanto a queda capilar como a descamação da pele são claros reflexos de deficiências nutricionais, que podem acarretar em uma piora do sistema imune, ou que já são consequências de um sistema imune debilitado."

Tratamentos

A Dra. Hellisse conta que trata seus pacientes tendo uma visão geral, como um tudo, e não isolada pela área que apresenta problemas: "a partir do resultado dos exames, recomendo aos pacientes que suplementem com vitaminas, minerais, micronutrientes e pró-hormônios, especialmente da tireoide ou estradiol em mulheres que necessitam, para corrigir essas deficiências e assim melhorar os sintomas de queda de cabelo, por exemplo." 

A especialista alerta para que as pessoas que apresentam desordem sistêmica que tenham cuidados adicionais para evitar infecções:"Essas pessoas que apresentam essas desordens devem redobrar os cuidados, já que não estão na sua melhor performance metabólica e podem apresentar debilidades no sistema imunológico."



 Como prevenir a queda de cabelo

A dermatologista recomenda uma série de medidas para prevenção da queda capilar: "Baseada nos mais recentes estudos, eu tenho recomendado aos meus pacientes terem um aporte maior, seja por via oral, intramuscular de Vitamina D ou endovenosa de vitamina C, zinco e é claro as vitaminas de acordo com cada indivíduo, o que é determinado após exames.  Além de medidas de self-care como dormir bem, controlar o estresse , ansiedade com práticas de regulação e auto-conhecimento, alimentação natural vinda da terra e não industrializada, rica em vitaminas e minerais. Alguns chás como artemísia, melissa e erva doce, ajudam no sistema imune também e consequentemente previnem a queda capilar.

Prevenindo-se contra o coronavírus

A recomendação também para seguir as recomendações do Ministério da Saúde: "Agora é o momento de evitar o contato com pessoas infectadas ou suspeitas com o novo coronavírus. Afinal, por ser um vírus novo e para o qual ainda não se conhece a resposta a ele dada pelo sistema imunológico em detalhes, você pode fazer tudo o que falamos como vitaminas e minerais, e mesmo assim contrair o coronavírus. Mas lembre-se que os vírus são combatidos pela sistema imune inato, que é a primeira linha de defesa do nosso organismo. Logo, busque prevenção e bons hábitos de higiene mas também é fundamental ter uma vida saudável para estar com a imunidade em dia."