A prova de remo mais difícil do mundo

Remadores atravessam oceano e ajudam causas vinculadas à saúde

30/07/2014 08:25

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30 de julho de 2014 - 08:25
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Fernanda D'avila
Maya Muller
Gabriela Correa
  • www.alastairhumphreys.com / Talisker Whisky Atlantic Challenge
    Uma das corridas mais duras do planeta acontece no Oceano Atlântico, desde 1997. Para se ter uma ideia, mais pessoas já foram ao espaço ou escalaram o Monte Everest do que remaram através do Atlântico.
  • www.alastairhumphreys.com / Talisker Whisky Atlantic Challenge
    De dois em dois anos, entre 10 e 20 equipes disputam quem consegue atravessar cinco mil quilômetros em menos tempo. A edição de 2013 contou com 16 equipes de quatro países - Inglaterra, Suécia, Austrália e Espanha. A Talisker Whisky Atlantic Challenge (TWAC) começou em dezembro e apenas dez equipes completaram a prova. Para acompanhar as próximas provas, acesse: https://www.atlanticcampaigns.com/
  • www.alastairhumphreys.com / Talisker Whisky Atlantic Challenge
    Os remadores saíram das Ilhas Canárias e chegaram à ilha caribenha de Antigua. Por mais que tudo seja planejado para o período de calmaria e tempo bom, surpresas podem acontecer e as ondas podem ultrapassar 12 metros.
  • www.alastairhumphreys.com / Talisker Whisky Atlantic Challenge
    Uma das equipes era formada por quatro remadores britânicos, sendo dois deles soldados que sofreram ferimentos no Afeganistão. Eles completaram a prova no ótimo tempo de 48 dias e arrecadaram R$60 mil para organizações de apoio aos oficiais que retornam de regiões de conflito.
  • www.alastairhumphreys.com / Talisker Whisky Atlantic Challenge
    'Nós estamos completamente à mercê da natureza e nossa única proteção é um barco de 7 por 2 metros. Nosso controle é limitado. Há tanta coisa que pode dar errado no oceano, nem faz sentido escrever uma lista. Além do tempo, dos tubarões e baleias, grandes navios são superperigosos. Ficamos tão pequenininhos na água que eles podem simplesmente não nos ver'9, diz um dos competidores. 'Mas estamos preparados para todas essas situações, exceto um ataque alienígena', brinca Bastien Leclair, da equipe Atlantic Splash
  • www.alastairhumphreys.com / Talisker Whisky Atlantic Challenge
    Se o vento estiver ruim, a solução é entrar na cabine e esperar que as condições melhorem. Assim como fez Amyr Klink durante sete dias de tempestade no I.A.T.. Como se isso não bastasse, há que se preocupar com as feridas nas mãos e na pele do corpo, em função do esforço, do sol e do sal. A travessia pode durar até 90 dias de sono dividido em intervalos de no máximo duas horas, comida racionada e água dessalinizada. São 8 mil calorias perdidas por dia e até 20% do corpo corporal no fim da jornada.
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    Em 2011, o barco vencedor completou o trajeto em 40 dias. A última equipe a chegar levou 79 dias. 'Essa aventura tem a habilidade de destruir tudo que você conhece sobre si mesmo e também de transformar você em alguém que jamais imaginou', diz o sueco Viktor Mattsson, 25, que tinha 'negócios inacabados' com o oceano - ele foi resgatado no 26° dia da primeira tentativa, em 2011. O barco virou três vezes e, na terceira ele bateu a cabeça e ficou inconsciente.
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    Mattsson faz trabalhos voluntários com crianças e adolescente com baixa autoestima e pensamentos suicidas. 'Inspirar essas crianças me fez voltar para mostrar que é possível superar até o seu maior desafio', diz o remador. Em 2013, ele e o amigo Scott Etherington, 33 anos, completaram a corrida em 61 dias, e arrecadaram R$100 mil para a Sociedade Britânica de Diabetes.
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