Ator Hugh Jackman trata câncer de pele

Ator Hugh Jackman trata câncer de pele

22/11/2013 10:28

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22 de novembro de 2013 - 10:28
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  • Century Fox/ Divulgação
    O ator australiano Hugh Jackman (conhecido por interpretar Wolverine no cinema), de 45 anos, revelou nesta quinta-feira, nas redes sociais, que está em tratamento em função de um câncer de pele
  • Arquivo Pessoal
    Ele postou uma foto com um curativo no nariz e explicou que foi aconselhado pela mulher, Deborra-Lee Furness, a verificar uma mancha suspeita
  • Daniel Augusto Jr/Agencia Corinthians
    E escreveu: Deb me disse para verificar uma marca no nariz e, cara, ela tinha razão. Eu tinha um carcinoma basocelular. Não seja bobo como eu e faça exames preventivos. E use filtro solar!, disse o carismático ator.
  • Warner Bros./Divulgação
    O oncologista André Márcio Murad, professor e coordenador do serviço de oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Centro Avançado de Tratamento Oncológico (CENANTRON) explica que existem três tipos comuns de câncer de pele
  • Fabio Motta/AE
    O carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular são os mais frequentes e menos graves, correspondendo a cerca de 80% dos casos brasileiros
  • Universal Pictures/Divulgação
    O terceiro tipo é o melanoma, forma menos comum da doença, mas que pode levar à morte, alerta o André Márcio Murad
  • Gil Rodrigues/Esp. Aqui/D.A Press
    Segundo Murad, o tipo de câncer de pele descrito pelo ator australiano é o mais comum e, felizmente, o que oferece consequências menos graves
  • Divulgção/Madame Tussauds Hollywood
    O carcinoma basocelular é caracterizado por uma lesão rosada, perolada e com relevo. Muito raramente oferece risco de metástase
  • François Duhamel
    O médico explica que pode haver alguma dificuldade estética para o paciente, porque a lesão deve ser removida com uma margem de segurança e, em alguns casos, é necessário fazer uma cirurgia plástica e até usar enxerto de pele para preencher o local
  • Divulgação
    Apesar de prevenível, o câncer de pele é mais comum no Brasil, correspondendo a 25% de todos os tumores malignos registrados, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA)
  • Divulgação
    Somente em Belo Horizonte, são esperados 2.150 casos, sendo 80 do tipo melanoma e 2.070, não melanoma em 2013. No próximo dia 30/11, o país recebe a Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Pele
  • KEVIN WINTER
    O terceiro tipo (o melanoma) é o mais preocupante. Geralmente, ele é identificado pela observação das pintas na pele do paciente.
  • SEBASTIEN BERDA
    Pintas que surgem onde antes não havia nada, crescem, são irregulares e assimétricas, sangram ou apresentam diversas cores dentro da mesma mancha são sinais de alerta para o acompanhamento.
  • RAFA RIVAS
    Murad explica que existe uma regra que é usada como critério: se colocarmos uma régua imaginária no meio da pinta, a parte de cima deve ser idêntica à parte de baixo
  • RAFA RIVAS
    Se não houver o diagnóstico precoce e a remoção do tumor, o melanoma pode evoluir, cair na circulação linfática e sanguínea, caracterizando a metástase
  • VINCENT WEST
    O médico diz que há cinco anos, a situação era ainda mais trágica para esses casos graves, porque não havia bons tratamentos. Hoje, segundo ele, existe a possibilidade do uso de medicação alvo molecular, que prolonga a vida do paciente, mas não significa a cura
  • VINCENT WEST
    O especialista afirma também que a cura só é possível em casos descobertos em fase inicial: é necessário detectar o tumor antes que ele atinja as camas mais profundas da pele, pondera o oncologista
  • VINCENT WEST
    Apesar de os pacientes terem responsabilidade sobre a própria saúde (evitar sol entre 10h30 e 15h30, aplicar filtro solar todos os dias e ao longo do dia, além de utilizar chapéus e camisetas)
  • SEBASTIEN BERDA
    André Murad chama a atenção dos colegas médicos: o autoexame da pele é importante, todos devemos tirar um tempo para olhar no espelho com cuidado, mas o dermatologista tem obrigação de fazer o exame completo da pele, do couro cabeludo à ponta dos dedos do pé
  • RAFA RIVAS
    Para ele, o exame médico anual é fundamental para verificar áreas não visíveis, fotografar as pintas e manchas e fazer o acompanhamento
  • RAFA RIVAS
    As complicações aumentam com o processo de envelhecimento, uma vez que o efeito da radiação solar é acumulativo
  • Rob Kim
    As manchas que acompanham a senilidade, chamada ceratoses, pode ser facilmente confundidas com o carcinoma espinocelular, por exemplo
  • Frederick M. Brown
    Por via das dúvidas, eu sempre realizo o exame completo e biópsia, quando necessário, afirma o médico
  • Frederick M. Brown
    André Murad conta que já encontrou manifestações de melanoma até entre os dedos dos pés e declara: infelizmente, é raro um médico que pede ao paciente que tire os sapatos e a roupa em uma consulta de rotina
  • FRED THORNHILL
    Segundo ele, esse rastreamento deveria ser procedimento padrão, da mesma forma que um oftalmologista não pode tratar apenas de uma conjuntivite, por exemplo. 'Ele deve fazer o exame completo, verificar fundo de olho, pressão, degeneração macular', exemplifica
  • Jason Merritt
    Murad é taxativo: não é por que a pessoa chegou ao consultório preocupada apenas com as rugas e o botox que eu posso deixar de cumprir o check-list. Nós aprendemos isso na faculdade de medicina, mas depois alguns esquecem, em função do tempo de consulta determinado pelo plano, da correria, do stress. Mas nada disso justifica
  • YOSHIKAZU TSUNO
    E completa: o paciente não pode correr esse risco e o dermatologista tem que se preocupar com a estética e também com a saúde, argumenta o professor André Murad
  • YUYA SHINO
    Murad completa que o câncer de pele só não mata tanto no Brasil quanto no país de Hugh Jackman porque aqui há uma miscigenação protetora
  • KAZUHIRO NOGI
    O oncologista conclui: todos os pacientes devem exigir do seu médico um exame completo periodicamente. Descobrir o problema na fase inicial é a chance que você tem de não ter complicações
Tags: melanoma sol mancha pinta não melanoma carcinoma basocelular protetor solar hugh jackman câncer de pele

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