Ondas de choque funcionam mesmo? Essa é uma dúvida frequente no consultório e vou tentar te explicar aqui um pouco o porquê esse tipo de tratamento pode beneficiar várias pessoas que sofrem com dores nas articulações.


A terapia por ondas de choque, ou ondas de impacto, é um pulso sônico ou cinético que é gerado em uma bobina e transmitido por um aplicador ao local afetado. Essas ondas têm propriedades físicas que penetram mais ou menos nos tecidos de acordo com a calibragem estabelecida, realizando um fenômeno denominado efeito cavitação. Esse efeito causa inicialmente microlesões no tecido em tratamento e estimula subsequentemente a vascularização e regeneração tecidual local.

Suas aplicações na medicina são diversas tanto na área da urologia quanto na área da ortopedia. Nos músculos e articulações, ela é um ótimo método não invasivo para tratar diversas doenças como tendinites, fascites, dificuldade na consolidação dos ossos, lesões musculares, entre outros.

Especificamente, existe já evidência científica robusta sobre a técnica para fascite plantar (o temido esporão), tendinopatia patelar, pseudoartrose (atrasos na consolidação óssea) e epicondilite lateral. Expliquei um pouco mais a fundo sobre evidências científicas para terapia por ondas de choque aqui: Evidências em Ondas de Choque.

 

O momento de optar por essa terapia no processo de tratamento deve ser na hora em que os primeiros tratamentos falharam e ainda está se buscando alguma alternativa para a melhora do problema que não seja por vias cirúrgicas. É óbvio que nenhuma terapia tem 100% de eficácia e, mesmo pacientes que seguiram um programa intensivo de tratamento conservador e se submeteram às ondas de choque, ainda podem precisar de cirurgia para casos refratários.

É muito importante dizer que no Brasil, a Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque chancela os profissionais que estão habilitados a utilizar o método e fornece também grande conteúdo para profissionais e para leigos sobre o assunto.