Saúde Plena

COLUNA

Cirurgia minimamente invasiva para joanete: vale a pena?


Eis aí um novo tipo de cirurgia que tem sido feita para tratar o hálux valgus, ou joanete, como popularmente conhecido. As técnicas minimamente invasivas, ou percutâneas, se baseiam no princípio de agredir o mínimo possível as partes moles para corrigir a deformidade do dedão do pé que aflige tanto vários pacientes.


Esse tipo de cirurgia já existe há alguns bons anos e foi capitaneada mundialmente principalmente pelos franceses. Ao longo dos anos, esse método se tornou popular ao redor do mundo e cada vez mais tem trazido resultados encorajadores.

No Brasil, essa técnica foi inicialmente recusada por muitos cirurgiões, pois os primeiros métodos descritos realmente traziam muitas complicações e maus resultados. Entretanto, com a popularização de técnicas mais modernas que associam a fixação rígida com parafusos, melhores resultados começaram a ser obtidos, alastrando o seu uso.

Hoje já existe literatura internacional e nacional comparativa com a técnica aberta que demonstra algumas vantagens das técnicas percutâneas ou, ao menos, sua não inferioridade às técnicas abertas. O que se tem de vantagem, e isso sem dúvida alguma, é o resultado estético na pele. Os cortes são realmente menores e permitem a correção do joanete sem muitas cicatrizes residuais.


O que tem de ser dito é que nem todo paciente tem indicação de cirurgia minimamente invasiva e que esse tipo de cirurgia não é uma panaceia e não serve para tudo. Existem indicações precisas e, caso elas forem cumpridas, aí sim os pacientes podem obter os melhores benefícios delas.

Na dúvida de qual a melhor técnica para tratar o seu joanete, procure um especialista credenciado pela Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo (ABTPé) e tire suas dúvidas.

Cuidem dos seus pés, são eles que te levam cada vez mais longe!

tiago.baumfeld@gmail.com