"Tudo dói!" É essa a sensação de um atleta no período pós competitivo. Essa dor é oriunda do estress metabólico gerado durante o esforço na competição, mediada principalmente por íons de hidrogênio. Mas, afinal, como atenuar essa sensação tão incômoda?

Vários fatores são necessários para otimizar essa recuperação, muitos deles similares aos fatores relacionados à preparação para a competição (para quem leu a coluna da semana passada). Alimentação, sono, controle de carga e dispositivos de recuperação são os focos principais.

A alimentação nesse momento deve conter calorias, necessárias para a reconstrução muscular. Portanto, novamente, nada de restrição calórica. Muito comum na alegria pós competitiva, o uso de bebida alcoólica não deve ser exagerado, pois sem dúvida pode prejudicar a recuperação e intensificar a dor.

O sono deve ser reparador, em tempo e qualidade. Planejar o retorno para a cidade de origem na noite da competição não é uma boa ideia, visando o bom controle de dor.

A carga deve ser atenuada. Cada atleta necessita de mais ou menos tempo para recuperação muscular total, podendo variar de três até sete dias. Portanto, nada de longões ou treinos muito intensos nesse período.

Quanto aos dispositivos de recuperação, eles são muito úteis nesse período. Liberação miofascial, botas de compressão, eletroterapia são algumas das técnicas que podem ser utilizadas para amenizar as dores.

Por fim, conte sempre com a orientação do seu fisioterapeuta, ortopedista e médico do esporte para indicar se as dores podem apontar alguma lesão mais grave e precisam ser melhor investigadas.

Boa recuperação!

Dr. Tiago Baumfeld - tiago.baumfeld@gmail.com