Ouço isso com freqüência de vários pacientes em relação a experiências anteriores com outros profissionais, o que tem me levado cada vez mais a refletir e pensar o que verdadeiramente é ser um “bom médico”.
Classicamente, esse adjetivo “bom” é referido à competência técnica do profissional. Mas afinal, isso basta para que um paciente melhore por completo? Já é de conhecimento solidificado na medicina que todas as doenças tem componentes biopsicosociais que precisam ser abordados em conjunto para que o paciente tenha bons resultados. No mesmo sentido, sabe-se que uma boa relação médico paciente, com evidência científica de qualidade, impacta positivamente nos resultados dos pacientes.
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Tive uma fratura, e estou grávida! O que eu faço?Já torci meu tornozelo cinco vezes neste ano! E agora?Você se considera ativo ou sedentário?Devo operar meu joanete?Dores inesperadas próximo a competiçõesTerapia por ondas de choque, para que serve?E é esse para mim o verdadeiro sentido da Medicina: médicos que curam (muitas vezes o corpo e a alma). Competência técnica dá ao médico o poder de tratar, mas nunca de curar verdadeiramente um indivíduo. Aprendi em casa também com meu irmão que uma das maiores qualidades que ele vê em um médico é a amabilidade e a disponibilidade. E ele tem razão: os pacientes precisam se sentir seguros, protegidos, e, obviamente, precisam conseguir acessar o profissional que vai indicar o melhor caminho a ser seguido.
Não existe mais espaço na medicina para médico bom e grosso. A empatia é também uma habilidade a ser desenvolvida durante a formação e tem de fazer parte das características básicas de um verdadeiro bom médico.
Tem sugestões e dúvidas? Mande pra mim, no tiago.baumfeld@gmail.com