Você é daquelas pessoas que já fez de tudo para melhorar aquela dorzinha no calcanhar, mas nada de melhora até agora? Fique tranquilo, leia até o final desta coluna e talvez eu te ajude a encontrar sua luz no fim do túnel.
Para início de conversa, temos que entender que "esporão" é um nome popular dado para dores no calcanhar que podem significar comumente duas doenças distintas: a tendinopatia insercional do tendão de aquiles (leia coluna anterior sobre isso aqui) e a fascite plantar (leia coluna anterior sobre isso aqui).
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É possível praticar atividade físicas 365 dias no ano?Não consigo mais correr, doutor!Torci meu tornozelo, devo ter algum cuidado para praticar esportes?'Não consigo usar sapatos de salto alto por causa do joanete'Posso realizar uma infiltração antes de uma competição esportiva?Cirurgia robótica para prótese de joelho: realidade próxima para mineirosUma doença significativa pode realmente limitar os objetivos esportivos?Entendido isso, meu caro leitor, vamos ao que motivou chegar até aqui: afinal, essa dor tem jeito?
Tem sim! Na grande maioria das vezes, ambas doenças têm solução se bem diagnosticadas e se o tratamento for bem direcionado. O tratamento conservador é sempre a primeira alternativa e pode envolver alongamentos, fortalecimento muscular, liberação miofascial, gelo, órtese (aparelhos ortopédicos) e medicação. A grande questão de todo esse tratamento é que ele é muito dependente da aderência do paciente para que tenha sucesso.
O que costumo dizer para os meus pacientes é que não existe mágica nos tratamentos ortopédicos, muito menos algum medicamento que "tire a dor com a mão". O tratamento demanda paciência, dedicação, comprometimento e confiança na melhora. Não é à toa que os médicos chamam seus clientes de "pacientes" (risos).
Não estou querendo dizer com isso que não existem alternativas para acelerar a recuperação. É claro que sim. A medicina dispõe de diversas tecnologias com esse fim e, se desejadas e necessárias, podem ser utilizadas para conforto mais breve. Entre elas estão as infiltrações e a terapia por ondas de choque, com bons níveis de evidência científica.
Na falha de todas essas terapias, a cirurgia ainda representa uma última e potente alternativa para, finalmente, acabar com o problema. Portanto, nada está perdido para você que já passou por um longo processo de tratamento.
Cuidem dos seus pés. São eles que te levam cada vez mais longe!