A importância da vitamina C para o nosso organismo ficou clara no século 16, quando o escorbuto dizimou os marinheiros de grandes expedições. A partir daí, o conhecimento sobre a ingestão dessa vitamina cresceu e sabemos que ela é importante para a coagulação, para a produção de colágeno de vasos sanguíneos, tendões e pele, além de melhorar a imunidade e acelerar a cicatrização.
Muitos outros estudos científicos foram realizados desde então, e no século 20 essa vitamina (do inglês vital amin) começou a ser utilizada topicamente na pele com excelentes resultados. Existem muitos cremes e outros cosméticos com vitamina C, e os benefícios para a pele são o aumento da produção de colágeno com consequente melhora das rugas, clareamento de manchas, efeito antioxidante e melhora da fotoproteção.
Na hora de escolher a vitamina C tópica junto com seu dermatologista, é importante saber que a vitamina C pura (ácido L ascórbico) é mais eficiente que os seus derivados (tetraisopalmitato de ascorbila, ascorbilfosfato de magnésio, ascorbilfosfato de sódio, entre outros).
Algumas recomendações são importantes na hora de armazenar o frasco: a substância oxida quando exposta ao ar e altas temperaturas, então é bom guardar o frasco em local pouco iluminado e fresco. Mesmo com esses cuidados, é comum que os produtos com vitamina C oxidem e mudem de cor. Normalmente, isso não diminui a eficácia do cosmético, porém recomendo a atenção ao prazo de validade indicado no rótulo.
Praticamente, todas as peles têm indicação de usar vitamina C em algum ponto dos cuidados diários. O produto e o momento certo serão definidos por um médico dermatologista na hora da consulta.
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Nádia Bavoso é dermatologista titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Mestre pela UFMG e professora de dermatologia na Unifenas -BH.