Arterite é o nome que se dá ao processo inflamatório em uma parede de uma artéria. A artéria temporal está localizada ao nível da face lateral da região frontal da cabeça e sua inflamação está associada ao acometimento das artérias do sistema carotídeo, responsáveis pela irrigação do cérebro.


A arterite temporal também é conhecida como arterite de células gigantes ou vasculite necrotizante.

A arterite temporal deve ser tratada como uma emergência médica em sua fase aguda, uma vez que se não for tratada rapidamente poderá causar cegueira em até 20% dos pacientes.

Essa arterite é mais comum em pacientes acima de 70 anos de idade e também acomete mais pacientes do gênero feminino.

O principal sintoma é uma cefaleia (dor de cabeça) na região temporal ( parte lateral da fronte ou temporal), presente em cerca de 70% a 90% dos casos. Pode ocorrer também diminuição, turvação ou perda fugaz da visão.

Esse quadro geralmente é precedido por uma dor e fraqueza muscular na região dos ombros e membros superiores conhecido como polimialgia reumática. Os sintomas de febre baixa, fraqueza e inapetência também estão comumente presentes.

O diagnóstico é feito através do exame clínico e dos exames laboratoriais. Geralmente a artéria temporal se apresenta espessada e dolorosa à palpação, com piora da dor no local com a movimentação da mandíbula.

Nos exames laboratoriais, o principal achado é a elevação do VHS, indicando um processo inflamatório em atividade. O exame definitivo para o diagnóstico é a biópsia da artéria temporal, que consiste na retirada de fragmento da artéria e envio para exame de anátomo-patológico.

O tratamento deve ser iniciado imediatamente quando se tem uma suspeita diagnóstica, mesmo sem cofirmação com o exame de biópsia. Isso é importante, uma vez que a falta de tratamento precoce pode levar ao risco de perda da visão. Os principais medicamentos empregados são os corticoides.

A assistência por um profissional qualificado é de suma importância para o correto diagnóstico e tratamento.