Uma alimentação equilibrada com proporções adequadas (40% carboidrato, 30% proteinas e 30% gordura) com alimentos saudáveis, como verduras, legumes e frutas, beneficia bastante a saúde da pele, assim como todo o organismo.
O envelhecimento é um processo natural que ocorre durante toda a vida, provocando mudanças associadas à passagem do tempo, que pode variar de pessoa para pessoa, sendo determinado tanto por fatores internos quanto externos, como estilo de vida, características do meio ambiente, as condições de saúde e a dieta de cada um.
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Envelhecimento é diferente de velhice, delimitada por uma fase com início aos 60 anos. A velhice tem uma dimensão existencial que modifica a relação da pessoa com o tempo, gerando mudanças em suas relações com o mundo e com sua própria história, através da convivência com as modificações corporais que ocorrem no processo de envelhecimento, tais como, o aparecimento de rugas, os cabelos brancos, a diminuição da elasticidade da pele, a perda dos dentes, as modificações físicas e fisiológicas típicas do envelhecimento, mostrando quem somos.
O envelhecimento da pele é algo natural decorrente do processo natural provocado pela idade, mas pode haver uma aceleração da flacidez, rugas e manchas, devido aos hábitos de vida e fatores do ambiente.
O QUE ACELERA
Alguns fatores podem acelerar o envelhecimento, como a oxidação da pele, causada pela exposição excessiva ao sol, a poluição, as alterações hormonais, uma alimentação desequilibrada e o estresse.De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a oxidação é um dos principais fenômenos que age no envelhecimento da pele. A oxidação altera a função das células e danifica o metabolismo celular, o que faz com que a pele tenha o processo de regeneração mais lento.
A oxidação e a redução são fenômenos que ocorrem simultaneamente em reações em que há transferência de elétrons entre os átomos. Esses fenômenos também são chamados de oxirredução, oxidorredução ou redox.
O QUE DESACELERA
Os antioxidantes são essenciais no combate ao envelhecimento da pele. Eles neutralizam os radicais livres (moléculas que oxidam as células) que impulsionam o aparecimento de rugas e linhas de expressão.
Além de agirem no combate ao envelhecimento, estas substâncias protegem a pele de agentes agressores externos, como a poluição, a radiação infravermelha e a fotossensibilidade.
Estes produtos são capazes de impedir a produção de radicais livres em excesso e eliminar os elementos responsáveis pela diminuição do colágeno e das fibras elásticas.
Existem os antioxidantes naturais, como a catalase e a glutationa peroxidase, e os que são obtidos através da alimentação ou aplicação de dermocosméticos, contendo as vitaminas C, E , o betacaroteno e os flavonoides em suas fórmulas.
Os dermocosméticos com ação detox são responsáveis por estimular a renovação celular, remover as impurezas e deixar a pele mais limpa e iluminada, reduzindo os processos inflamatórios, devendo ter seu uso estimulado a partir dos 25 anos.
A Vitamina C é um poderoso antioxidante, ao reduzir danos causados pelos radicais livres decorrentes da exposição da pele à poluição, radiação UV e infravermelha. Você pode incluir este ativo em todas as fases de cuidados da pele, desde a higienização até a proteção solar.
Enquanto isso, a Vitamina E, presente em grãos e sementes oleaginosas, também pode impedir danos causados pelos radicais livres.
Os alimentos com anti-oxidantes que ajudam nestes processos, atuando da cabeça aos pés devem ter seu consume estimulado!
São vários alimentos com tal ação, como o Açafrão ou cúrcuma, aveia, azeite de oliva, chá de cavalinha, centelha asiática, dente de leão, frutas cítricas, frutas vermelhas, linhaça, mamão, abacaxi, melão, óleo de gergelin, pepino, peixes, sálvia, semente de abóbora e suco de uva natural.
Glicação é quando açúcares “açucaram proteínas” (também se usa a expressão “caramelizam as proteínas“), alterando a sua estrutura e função.
A glicação é o processo em que as moléculas de açúcares e carboidratos unem-se a uma proteína, formando os “produtos de glicação avançada” (AGEs, do ingles: Advanced glycation End-Products), fazendo com que ela não consiga mais desempenhar seu papel no organismo, perdendo sua função biológica e tornando-a tão prejudicial quanto os radicais livres.
A ligação de açúcares no colágeno e a dificuldade da pele em renová-lo acelera o envelhecimento. “Esta ação é tão agressiva, quanto a dos radicais livres, promovendo rugas, perda de elasticidade e de tonicidade”.
Na busca por um tratamento rejuvenescedor da pele, uma das apostas é a associação de produtos antiglicantes aos antioxidantes.
Os antiglicantes são capazes de reverter esse processo e frear o envelhecimento, melhorando o aspecto visual do rosto e a saúde da pele.
Os dermocosméticos antiglicantes atuam impedindo que essa união entre açúcar e proteína ocorra, minimizando o envelhecimento precoce, devolvendo a firmeza, a flexibilidade, prevenindo o aparecimento de rugas e revitalizando os contornos do rosto e da pele, conferindo uma aparência mais jovem.
Para baixar o índice de glicação é importante planejar a redução de consumo dos carboidratos refinados, como o pão branco, farinha de trigo, biscoitos, bolachas, macarrão e massas. Prefira também os carboidratos complexos (nozes, vegetais, feijão, arroz integral, aveia e milho); estes demoram muito mais para virar açúcar no sangue.
A fotoproteção é fundamental; para tal, use o FPS 50 ou 70 com capacidade de reduzir a oxidação, glicação e irritação da pele, de preferência resistente à água. Importante ter associado a vitamin C e o ácido hialurônico que hidrata e preenche as rugas.
Porém, quando nos referimos a uma dieta antiglicante, são poucos alimentos considerados verdadeiramente antiglicantes.
Até mesmo em relação à canela, cujos efeitos no metabolismo glicídico são bastante citados, mas controversos.
Os compostos fenólicos ( são abundantes em frutas, vegetais e alimentos derivados dos mesmos) parecem ser os melhores candidatos.
Na prática, para um efeito antiglicante na dieta, devemos principalmente considerar a proporção entre carboidratos (C) e proteínas (P) da dieta (C/P).
Para não elevar a glicemia e não glicar, a dica segundo especialistas é manter a relação entre carboidratos/proteínas da dieta, igual ou menor do que 1,3. Em termos práticos, calculamos 40% de carboidratos, 30% de proteína e 30% de gordura em uma dieta. Isso é um aprendizado longo, que deve ser adquirido aos poucos.
Como a glicemia aumentada eleva a insulina, uma dieta antiglicante é, em última análise, uma dieta para controle da insulina.
Como a insulina é pró-inflamatória, mantendo-a baixa, a dieta será também anti-inflamatória.
*Gustavo Safe é diretor do grupo formado pelo Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Ovular fertilidade e menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na ginecologia integral e funcional, no câncer, na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.
Se você tem dúvidas ou quer sugerir tema para a coluna, envie e-mail para gustavo_safe@yahoo.com.