Os autores apresentaram uma meta-análise que é na verdade uma técnica estatística para cruzar dados de várias e diferentes pesquisas científicas sobre um mesmo tema. Foram incluídos pacientes com doença arterial coronária já estabelecida de sete estudos clínicos, comparando as monoterapias com inibidor de P2Y12 (clopidogrel e ticagrelor) ou aspirina na prevenção secundária (é a prevenção de pacientes que já são portadores de uma doença cardiovascular), de novos eventos cardiovasculares.
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Nova droga no tratamento da doença renal crônica associada ao diabetesRelação entre álcool na adolescência e depressão na idade adulta jovemO melhor horário para a atividade física para evitar risco cardiovascularParticiparam 24.325 pacientes, dos quais 12.178 receberam inibidor de P2Y12 (62% receberam clopidogrel e 38% receberam ticagrelor) e 12.147 receberam aspirina.
A análise mostrou que o risco do desfecho primário foi menor nos pacientes que utilizaram ou clopidogrel ou ticagrelor, comparado à aspirina, principalmente pela redução de infarto do miocárdio. O risco de sangramento maior foi similar e o benefício clínico dos principais eventos adversos foi menor, com clopidogrel e ticagrelor. Interessante que o efeito do tratamento foi consistente entre os subgrupos e para ambos os inibidores da P2Y12.
Os autores concluíram que dada a eficácia superior e a segurança global similar, a monoterapia com inibidor de P2Y12, pode ser preferida em relação à monoterapia com aspirina para prevenção secundária de longo prazo em pacientes com doença arterial coronária já estabelecida.
Referência: Gragnano F et al. P2Y12 Inhibitor or Aspirin Monotherapy for Secondary Prevention of Coronary Events. JACC 2023; DOI 10.106/j.jacc2023.04.451.