Dentre o continum de novas drogas que recentemente apareceram no nosso mercado, e em decorrência dos grandes estudos clínicos com essas drogas, estamos diante de um arsenal terapêutico fantástico para reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida de nossos pacientes.
Sabemos que a insuficiência cardíaca é uma epidemia mundial em crescimento, com alta prevalência e com elevadas taxas de hospitalização, de invalidez e mortalidade. É decorrente de vários fatores, destacando-se o envelhecimento da população, alta prevalência de hipertensão arterial, diabetes,obesidade. Estima-se que, no Brasil, existem atualmente de 2,5 a 4 milhões de brasileiros com insuficiência cardíaca.
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O principal objetivo do estudo, chamado de desfecho primário, foi mortalidade por todas causas. Foram incluídos 95.444 participantes, de 75 estudos clínicos relevantes.
Em uma combinação de betabloqueador (BB), inibidor do receptor de angiotensina e neprilisina (ARNi), antagonista do receptor do mineralocorticoide (MRA),e inibidor de SGLT2(SGLT2i), essas 4 drogas foram as mais efetivas na redução da mortalidade por todas as causas, seguida pela combinação de BB, ARNi ,MRA e vericiguat (chega ao Brasil no segundo semestre de 2022).
O número de anos de vida ganhos para pacientes com mais de 70 anos, tratados com BB, ARNi, MRA e SGLT2i,foi de 5 anos, comparados àqueles sem tratamento, em análises secundárias.
Os autores concluíram que, em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, o benefício agregado estimado é maior para a combinação terapêutica de BB (betabloqueador), ARNi (sacubitril/valsartan), MRA (espironolactona) e SGLT2i (dapaglifozina e empaglifozina).
Referência :Tromp J et al. A Systematic Review and Network Meta-Analysis, of Pharmacological Treatment of Heart Failure With Reduced Ejection Fraction . JACC HF.2022; 10 (2): 73-84