Um estudo interessante avaliou a associação entre o consumo de azeite e a mortalidade total e por todas as causas em americanos.
Foram incluídos pacientes participantes de 2 estudos de coorte prospectivas (estudo observacional no qual os pacientes são selecionados em: expostos e não expostos, sendo seguidos por determinado período). Foram incluídas 60.582 mulheres do NHS (Nurses Health Study) e 31.801 homens do HPFS (Health Profissionals Follow-up Study), livres de doença cardiovascular ou câncer no período inicial. Questionários validados, aplicados a cada quatro anos, avaliaram a dieta e o consumo de azeite.
Durante os 28 anos de seguimento, ocorreram 36.856 mortes. Uma análise bem detalhada (multivariada, ajustada), estimou o risco de mortalidade total entre aqueles com maior consumo de azeite na dieta, comparados àqueles que nunca ou raramente consumiam azeite.
O maior consumo de azeite associou-se com reduções de 19% no risco de mortalidade cardiovascular, redução de 17% na mortalidade por câncer, redução mais significativa ainda, de 29% na mortalidade por doença neurodegenerativa.
A análise mostrou que a substituição de 10 g/dia, de margarina ou manteiga ou maionese, pela quantidade equivalente de azeite associou-se com menor risco, em 8% a 34% na mortalidade total e por causas específicas.
Os autores concluíram que um maior consumo de azeite está associado a um menor risco de mortalidade total. Substituir margarina, manteiga, maionese, pelo azeite associou-se com menor risco de mortalidade.
Já é do nosso conhecimento o quão saudável é a dieta do mediterrâneo e indicada nas melhores diretrizes de cardiologia para prevenção cardiovascular, tendo o azeite como o seu pilar.
Referencia :Guasch-Ferré et al. Consumption of Olive Oil and Risk of Total and Cause -Specific Mortality Among U.S. Adults. JACC.2022;79(2):101-112.