Os autores nesse estudo investigaram a associação entre o colesterol LDL (colesterol ruim que forma placas dentro das artérias), o tratamento com estatinas e a prevalência da ruptura da placa coronária e com consequente obstrução da artéria, causando infarto agudo do miocárdio.
O estudo foi dirigido para pacientes com quadro de isquemia coronária aguda e que foram submetidos a tomografia ótica de coerência (OCT), da lesão na artéria coronária, responsável pela oclusão aguda, chamada no meio médico de lesão culpada.
Foram divididos em quatro grupos, de acordo com os níveis de LDL colesterol e uso de estatinas: grupo 1 com LDL colesterol menor ou igual a 100, sem uso de estatinas; grupo 2 com LDL colesterol menor ou igual a 100, com o uso de estatinas; grupo 3 com LDL colesterol maior que 100, com o uso de estatinas; e grupo 4 com LDL colesterol maior que 100, e sem estatinas. A prevalência de ruptura de placa coronária foi comparada entre os grupos.
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Quando comparados aos com LDL colesterol alto, sem estatinas, com aqueles com LDL colesterol baixo sem estatinas e com estatinas, tiveram a menor prevalência de ruptura de placa coronária, ambos significativos. Os pacientes com LDL colesterol baixo e uso de estatinas apresentaram a maior prevalência de calcificação, também significativa.
Os autores concluíram que os pacientes com LDL colesterol naturalmente baixo apresentaram o menor risco de ruptura de placa coronária, enquanto aqueles com LDL colesterol baixo, pelo uso de estatinas, apresentaram a maior prevalência de calcificação. Quando os níveis de LDL colesterol são elevados, tratamento precoce e agressivo com estatinas ajuda a prevenir a ruptura de placa coronária pela estabilização das placas através da calcificação.
Referência: Kurihara O et al. Relation of Low-Density Lipoprotein Cholesterol Level to Plaque Rupture. Am J Cardiol. 2020; DOI :10.1016/j.amjcard.2020.08.016