A síndrome do coração partido ou síndrome de takotsubo, originalmente foi descrita pela primeira vez por pesquisadores japoneses no inicio dos anos 90.
Takotsubo é um tipo de pote de pesca japonês utilizado na captura de polvos e deu nome a essa doença porque parte do coração das pessoas que sofrem desse problema fica visualmente parecida com o formato dessa armadilha.
Takotsubo é um tipo de pote de pesca japonês utilizado na captura de polvos e deu nome a essa doença porque parte do coração das pessoas que sofrem desse problema fica visualmente parecida com o formato dessa armadilha.
saiba mais
Soneca da tarde pode reverter estragos hormonais por noite mal dormida
Aumenta mortalidade cardiovascular no Brasil por causa do coronavírus
Vale a pena tomar hidroxicloroquina profilática para a COVID-19?
Remédios para controle da hipertensão arterial realmente funcionam?
Insuficiência cardíaca: as novas drogas que mudaram o curso da doença
É uma doença que acomete o músculo cardíaco (dilatação e falência), em decorrência do alto nível de estresse emocional vivenciado, quando ocorre liberação de grandes quantidades de adrenalina na corrente sanguínea causando uma lesão aguda no músculo cardíaco levando à sua falência parcial e, muitas das vezes, grave, com morte. Por isso é conhecida também com o nome de cardiomiopatia induzida por estresse.
A característica mais importante é que, quando se realiza o cateterismo cardíaco as coronárias se mostram isentas de processos obstrutivos.
A característica mais importante é que, quando se realiza o cateterismo cardíaco as coronárias se mostram isentas de processos obstrutivos.
Um estudo de 2011, coordenado por pesquisadores da Universidade de Arkansas (EUA), identificou o problema em 21.748 pacientes após vivenciarem catástrofes naturais.
Como a sua principal causa é o alto nível de estresse vivenciado, nesses tempos atuais de pandemia pelo COVID -19, a doença tem aumentado assustadoramente.
Em estudo recente realizado na Cleveland Clinic, centro de referência em cardiologia nos EUA, os casos de síndrome de takotsubo passaram de 1,5 % para 7,8% em um estudo de 1.914 pacientes, nesses meses em que estamos vivenciando o terror dessa pandemia, que mais parece uma roleta russa.
As pessoas não estão apenas preocupadas com o fato de elas ou seus familiares adoecerem, estão lidando com questões econômicas e emocionais, solidão e isolamento.
A Associação Americana de Psiquiatria realizou uma pesquisa em março de 2020 e mostrou que 36% das pessoas que moram nos EUA acreditam que a COVID-19 teve um impacto grave em sua saúde mental, e 59% acreditavam que havia um impacto grave em seu dia a dia.
A Associação Americana de Psiquiatria realizou uma pesquisa em março de 2020 e mostrou que 36% das pessoas que moram nos EUA acreditam que a COVID-19 teve um impacto grave em sua saúde mental, e 59% acreditavam que havia um impacto grave em seu dia a dia.
Importante nós, médicos, estarmos atentos a essa modalidade de exacerbação do stress através dessa doença grave, que pode levar a morte, sendo relevante o diagnóstico precoce para um tratamento adequado.
Nunca é tarde para lembrar que nesses tempos de pandemia o tratamento dos quadros de transtornos generalizados de ansiedade, cada vez mais frequentes, não devem ser postergados, estando o cardiologista habilitado a tratar ou encaminhar esses pacientes com transtornos mentais para colegas especialistas. Exercício, meditação, contato próximo com familiares e amigos, mantendo distância física, também podem ajudar a aliviar a ansiedade.
Nunca é tarde para lembrar que nesses tempos de pandemia o tratamento dos quadros de transtornos generalizados de ansiedade, cada vez mais frequentes, não devem ser postergados, estando o cardiologista habilitado a tratar ou encaminhar esses pacientes com transtornos mentais para colegas especialistas. Exercício, meditação, contato próximo com familiares e amigos, mantendo distância física, também podem ajudar a aliviar a ansiedade.
Se você tem dúvidas sobre o assunto desta coluna ou quer enviar sugestão de temas, mande email para evandrocardiol@gmail.com