Frequentemente, somos questionados sobre o sim ou não de se tirar uma soneca (sesta) após o almoço. Artigo publicado no Jornal da Sociedade de Endocrinologia Clínica e Metabolismo dos EUA mostrou que apenas 30 minutos de soneca vespertina podem reverter o impacto hormonal de uma noite de sono ruim.
Entre os povos da cultura latina, não há um que desconheça a sesta. O hábito é uma tradição espanhola bastante difundida nos países colonizados pela nação europeia e que também atingiu os vizinhos do mediterrâneo.
Em algumas cidades italianas, por exemplo, restaurantes fecham após o almoço, para honrar umas horas de soneca antes de abrir a noite. Essa soneca restaura hormônios e proteínas envolvidas no estresse e fortalece o sistema imunológico.
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Hoje, a falta de sono é reconhecida como problema de saúde pública. Segundo o CDC americano (Centro para Controle e Prevenção de Doenças), noites maldormidas contribuem para a redução da produtividade, assim como para aumento de acidentes de trabalho e de trânsito.
Pessoas que dormem pouco também são mais propensas a desenvolver doenças crônicas, como obesidade, diabetes , hipertensão arterial, doença coronariana e depressão.
Pessoas que dormem pouco também são mais propensas a desenvolver doenças crônicas, como obesidade, diabetes , hipertensão arterial, doença coronariana e depressão.
Um estudo foi realizado para avaliar a relação do sono com hormônios do estresse e do sistema imunológico. Foram alocados 11 homens saudáveis entre 24 e 32 anos.
Os voluntários foram submetidos a duas sessões de testes de sono, em um laboratório onde as refeições e a iluminação ficaram sob rigoroso controle. Em cada sessão, composta por três dias, eles ficaram limitados a duas horas de sono por noite.
Depois de uma noite de privação, eles foram divididos em dois grupos. O primeiro podia tirar dois cochilos, de 30 minutos cada, após se alimentar. O segundo ficou acordado. Cada sessão começou com uma noite em que os indivíduos passaram oito horas na cama e acabou com uma noite de sono de recuperação ilimitada.
Os voluntários foram submetidos a duas sessões de testes de sono, em um laboratório onde as refeições e a iluminação ficaram sob rigoroso controle. Em cada sessão, composta por três dias, eles ficaram limitados a duas horas de sono por noite.
Depois de uma noite de privação, eles foram divididos em dois grupos. O primeiro podia tirar dois cochilos, de 30 minutos cada, após se alimentar. O segundo ficou acordado. Cada sessão começou com uma noite em que os indivíduos passaram oito horas na cama e acabou com uma noite de sono de recuperação ilimitada.
Os pesquisadores recolheram amostras de urina e saliva para avaliar quanto o sono restrito e o cochilo alteraram os níveis hormonais dos participantes. Perceberam um aumento de 2,5 vezes nos níveis de norepinefrina, quando o sono foi limitado.
Trata-se de um hormônio neurotransmissor envolvido na resposta de luta ou fuga diante de uma situação de estresse. Ele aumenta a frequência cardíaca a pressão arterial e a glicose no sangue.
Depois dos participantes terem feito a sesta, os níveis hormonais voltaram ao normal. “Esse é o primeiro estudo a mostrar que o cochilo poderia restaurar biomarcadores neuroendócrinos e imunológicos de saúde aos níveis normais."
Depois dos participantes terem feito a sesta, os níveis hormonais voltaram ao normal. “Esse é o primeiro estudo a mostrar que o cochilo poderia restaurar biomarcadores neuroendócrinos e imunológicos de saúde aos níveis normais."
Curiosamente, a falta de sono afetou também as taxas de interleucina-6,uma proteína com propriedades antivirais, encontrada na saliva. Os níveis caíram após uma noite de sono restrito, mas se mantiveram normais quando os indivíduos foram liberados para tirar uma soneca.
O cochilo pode oferecer uma maneira de combater os efeitos nocivos da restrição do sono, ajudando o sistema imunológico e o neuroendócrino a se recuperar. Os resultados suportam o desenvolvimento de estratégias práticas para lidar com populações privadas de sono cronicamente.