A pandemia do novo coronavírus nos apresentou situações inéditas na saúde e na comunicação. Somos expostos a informações - verídicas ou não - sobre o número de infectados, produção de vacina, curas milagrosas, além das diversas orientações. É o instinto do ser humano em busca de respostas e conforto frente ao desconhecido.
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Nessa semana, falo sobre uma dúvida que, certamente, muitos de vocês já tiveram: "quem irá resolver meu problema de saúde e onde? Um dos grandes desafios neste momento é manter o bom funcionamento do sistema de saúde para que não entrar em colapso.
Para o Brasil, que possui o SUS - um sistema de saúde universal, gratuito e integral -, a tarefa é ainda maior, pois o acesso facilitado de todos pode resultar no uso inadequado e prejuizo daqueles que necessitam dos serviços de saúde de maneira urgente.
Você sabe o que é cada uma das situações abaixo?
Eletivo: Situações agendadas e programadas - podem ser em posto de saúde, clínicas e consultórios.
Urgência: Dano imprevisto à saúde que necessita de tratamento médico breve e não precisa, necessariamente, ser realizado em ambientes hospitalares.
Emergência: Risco de vida, piora grave de saúde ou sofrimento intenso necessita de tratamento médico imediato e deve ser realizado em hospitais, UPA, pronto-socorro e pronto-atendimento.
Dentro de cada estrutura de saúde há uma organização interna para atender as demandas.
Em um grande pronto-socorro, todas as pessoas têm demandas de urgência e emergência e, para que todos possam ser atendidos, há uma divisão de prioridades e orientação do fluxo de atendimento para que os mais graves sejam resolvidos de maneira prioritária.
Toda vez que alguém vai até uma unidade de urgência e emergência para tentar realizar atendimentos eletivos, essa pessoa pode prejudicar aqueles que precisam ser atendidos exclusivamente nesses locais. São locais que não devem ser utilizados para renovar receitas, emitir relatórios ou tratar demandas que são eletivas.
Agora, com a pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendam que só devem ir ao hospital quem estiver se sentindo muito mal, com dificuldades para respirar e febre muito alta (a partir de 39°C).
Essa orientação é fundamental para evitar a sobrecarga do sistema de saúde e evitar novas contaminações. Vale ressaltar que ser atendido em hospital não garante que você irá fazer o teste para detectar o novo coronavírus, os testes são utilizados em situações especiais com solicitação médica, porque o número de kits ainda é limitado.
Mais de 80% dos casos são leves e devem ser tratados em casa com repouso, controle da febre e dos outros sintomas, em torno de 15% necessitam de orientações médicas e 5% são graves e devem ser tratados em hospitais.
Os países que mais sentiram os impactos dessa doença - China e Itália - só conseguiram reduzir o caos por meio do isolamento social. O quanto antes pudermos ficar em casa e de maneira intensa e global, mais rápido será o retorno à normalidade.
Até o momento, sabemos que a COVID-19 não mata mais do que outras doenças, mas atinge mais pessoas. Por isso, em caso de sinais de gravidade busque o tratamento médico adequado.
O Ministério da Saúde disponibilizou um app para auxiliar a população nas ações contra o novo coronavírus e esclarecer dúvidas, baixe no seu celular. Os aplicativos estão
disponíveis para usuários dos sistemas operacionais https://apps.apple.com/br/app/coronavÃrus-sus/id1408008382" target="blank">iOS e Android.
Compartilhe essa coluna com seus amigos e familiares - saber onde buscar ajuda pode ser determinante para a saúde de todos.
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