Deformidades no pé que surgem na adolescência podem ser de origem genética

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(foto: Escola Educação)


Durante a adolescência duas deformidades do pé podem ser encontradas ou diagnosticadas: O plano ou o pé cavo. A diferença entre essas deformidades é a altura do arco do pé. No pé plano a altura é baixa e nós chamamos de pé chato; no pé cavo, a altura é elevada, fazendo com que o pé tenha menos contato com o solo.

Quando identificamos uma deformidade dos dedos deixando com que eles fiquem em garra, a presença de entorse de tornozelo frequentemente causa aumento progressivo do arco do pé e fraqueza de algumas musculaturas da perna, principalmente da região externa ou lateral.

Por isso, temos que ter atenção para o diagnóstico de uma doença genética chamada Charcot Marie tooth. Esta é uma neuropatia periférica de transmissão hereditária. Apesar de ser uma doença rara, a CMT representa uma das neuropatias mais comuns, acometendo mais de 3 milhões de pessoas ao redor do mundo.

Costuma manifestar-se na adolescência ou início da vida adulta e pode ser leve, moderada ou grave. A variação da intensidade é a grande responsável pela dificuldade diagnóstica. Enquanto alguns membros da família têm a doença totalmente manifesta, outros têm formas muito leves. 

A maior atenção que precisamos para aprimorar o diagnóstico é checar as dificuldades e perda de força no tornozelo e no pé, associadas à presença das deformidades dos dedos e do aumento do arco plantar. O ortopedista é o médico ideal para realizar o direcionamento e o tratamento.

Existem poucas opções medicamentosas para evitar a progressão da doença, mas alguns estudos demonstraram que inibidores da expressão genética podem dar melhor qualidade de vida e maior longevidade àqueles que apresentam deformidades progressivas. 

Comumente, os cuidados com esta doença são para evitar a perda progressiva da musculatura, mantendo atividade física e exercícios com estímulos locais regulares, usando órteses  protetoras e algumas vezes, cirurgias.