Quando necessitamos realizar uma prótese do tornozelo para tratar sequelas de fraturas antigas desta articulação, lesões da cartilagem articular da tíbia ou do talos, ou até mesmo como consequência do próprio envelhecimento desta articulação, a primeira pergunta que fazemos é: doutor, quanto tempo minha prótese vai durar?
Foi publicado em 2020, em uma revista internacional, um estudo epidemiológico conduzido por ortopedistas da UFMG e da UNIFESP que reúne todas as próteses realizadas no Brasil desde os anos 2000.
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Até o momento da publicação do estudo, em torno de 300 próteses já tinham sido realizadas no Brasil com resultados que variavam entre 80% e 90% de bom resultado e satisfação daqueles que foram operados.
Taxas de re-operação, falha da prótese e sobrevida da articulação estão de acordo com aqueles estudos de longevidade e com alto número de pacientes publicados na literatura em outros países do mundo.
O que chama atenção nos dados observados é que somente a partir de 2013 o Brasil entrou no mercado mundial das próteses mais modernas e os pacientes puderam se beneficiar da tecnologia dos implantes que são utilizadas em todo mundo.
Em nosso país, o número de pacientes que se submetem à artroplastia do tornozelo encontra-se em uma crescente, assim como a experiência daqueles cirurgiões que realizam as próteses. O grande objetivo é manter um alto número de pacientes satisfeitos, com índices parecidos com aqueles das nações que apresentam resultados eficientes em relação a realização dessas próteses.
O grande pesar também observado é que ainda não há disponibilidade deste tipo de cirurgia pelo Sistema Único de Saúde. Essa cirurgia somente está disponibilizada nos seguros saúde e através de planos privados.
Este inconveniente limita o acesso de toda população e aqueles que necessitam tratar uma artrose dolorida e limitante do tornozelo, mas acreditamos que, em breve, estarão disponíveis próteses com custo adequado para implantação no SUS.