Nossas articulações são formadas por cartilagem, líquido sinovial e uma cápsula articular que protege e reveste toda essa estrutura. A cartilagem é constituída por aproximadamente 60% de colágeno tipo II e funciona como um amortecedor que evita o contato e atrito entre os ossos. O líquido sinovial, inserido dentro da cápsula articular, atua como um lubrificante para toda essa engrenagem funcionar.
Por razões multifatoriais como inflamação crônica, fraqueza muscular, envelhecimento natural, exercícios de impacto, sobrepeso ou obesidade, nossas articulações desgastam-se, podendo gerar um processo de inflamação e dor. A degeneração ou desgaste da articulação é a artrose, também chamada de osteoartrose.
Com o aumento da expectativa de vida, o número de casos de artrose tem aumentado exponencialmente. Estima-se que cerca da metade da população com idade superior a 50 anos seja acometida por essa degeneração.
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Grande dedo do pé: hálux valgus (joanete) ou hálux rígidos (artrose)O que faço com o desejo de sempre movimentar as pernas? Tem solução? Você já teve dor de cabeça durante ou após a atividade física?Nosso primeiro arsenal terapêutico é a fisioterapia e fortalecimento muscular, que melhoram ativamente os estabilizadores acessórios, diminuindo a carga na região.
Como adjuvantes, a suplementação alimentar e o uso de alguns nutrientes e componentes específicos poderiam auxiliar na regeneração tecidual, na reparabilidade local e no equilíbrio positivo da homeostase.
Os principais produtos utilizados são a diascereina, glicosamina, condroitina e colágeno hidrolisado. Essas substâncias têm pouquíssimas contraindicações e efeitos colaterais, tornando-as altamente atrativas. Sua suplementação desempenharia um papel importante na formação, manutenção e reparação dos tecidos articulares, até melhorando a hidratação e nutrição da cartilagem articular.
Atualmente, temos estudos científicos que corroboram o uso dessas substâncias, demostrando alívio da dor naqueles pacientes que a utilizaram, quando comparados com placebo.
O colágeno tipo II tem maiores resultados em pacientes com artrose. Seu uso constante pode reduzir a secreção de enzimas que atacam as cartilagens e articulações e auxiliar na recomposição da cartilagem, além de desestimular a inflamação. Nosso principal objetivo é reduzir a inflamação local e consequentemente a dor, com a possível melhora da nutrição da cartilagem articular comprometida com o processo de degeneração.
Idealmente, a combinação de suplementos, colágenos, AINES (anti-inflamatórios não esteroides) e corticoides são alternativas viáveis e não cirúrgicas para combater a dor e o desgaste constante.