Este não é o desejo de ninguém: passar por algum procedimento cirúrgico ou enfrentar uma lesão que exija ficar sem pisar é realmente desconfortável.

 

Mas, caso isso aconteça, saber o que podemos usar para ajudar a passar mais tranquilo por esses períodos traz mais segurança.

 

O uso de órtese é descrito já em 2830 aC, no Egito. Desde então, estas têm sido atualizadas e adaptadas para cada paciente de acordo com sua necessidade.

 

Dados Brasileiros do Ministério da Saúde de 2006 mostram que quase 1 milhão e 250 mil pessoas usaram órteses para auxiliar a deambulação.

 

O fornecimento de órteses ambulatoriais aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) contribui para melhorar as condições de vida do paciente, sua integração social, minorando a dependência e ampliando suas potencialidades laborativas e as atividades de vida diária.

As órteses têm como objetivo ajudar a deambulação, melhorando o equilíbrio do paciente e a capacidade de suportar o peso.  

 

Muitos pacientes recebem pouca ou nenhuma assistência profissional na indicação e seleção de um dispositivo ambulatorial, A orientação adequada deve ser realizada por profissionais da área de saúde treinados para uma assistência mais profícua.  

 

A seleção inadequada de um dispositivo pode resultar em um padrão de marcha pobre, o que aumenta o gasto energético e o risco de quedas.

 

Os objetivos das órteses incluem o alargamento da base de apoio do usuário, melhora do equilíbrio e estabilidade, reduzindo a carga de um dos membros inferiores, aumentando a propulsão de ação muscular, e transmissão de sinais sensoriais através das mãos.

 

São exemplos de auxiliares: muletas, andadores, bengalas, scooters.

As bengalas ampliam a base de apoio, proporcionando  maior equilíbrio para o paciente. Exigem apenas um membro superior para sustentação do peso. Elas podem ser confeccionadas por uma grande variedade de materiais, e diversos tipos de alças e apoios de mão para atender às necessidaes de cada um.

Uma pessoa utilizando uma bengala deve colocá-la na mão oposta da perna com o déficte. A bengala deve ser perpendicular ao chão, seu ponto mais alto deve ficar ao nível do trocanter maior ou do punho. Os estudos mostram que uma flexão do cotovelo de 15° a 30° é necessária para que haja um conforto relativo em sua utilização.

 

As muletas podem ser de apoio axilar ou canadense. A muleta axilar deve estender a partir de um ponto a cerca de 4 a 5 cm abaixo da axila. Métodos alternativos incluem a subtração de 40 centímetros de altura de um paciente.

 

As muletas canadenses, também conhecidas como muletas Lofstrand ou de apoio no antebraço, envolvem a colocação da extremidade distal a 5cm lateral e 20 cm anterior ao pé, com o cotovelo fletido a 15° a 30°. A braçadeira deve ficar no terço proximal do antebraço, cerca de 2,5 a 4 cm abaixo do cotovelo.

 

Os andadores podem ser com rodas ou sem, precisam seguir os mesmos cuidados do uso da bengala e se adaptar às necessidades de locomoção de cada pacientes.

 

Como opção mais moderna, termos as scooters, ou minibicicletas. São indicadas para pacientes mais jovens, com limitações abaixo do joelho e que possuam equilíbrio normal.

 

Espero que estas informações possam ajudar, mesmo desejando que nada aconteça para ter essa necessidade.

Grande abraço (da minha casa)

 

E se você tem dúvidas sobre órteses ou quer enviar sugestão de tema para coluna, envie email para  danielbaumfeld@gmail.com