A importância da vacina contra o HPV na prevenção do câncer

A imunização contra o HPV para o público alvo, em Minas Gerais, está abaixo da meta, de 80%, recomendada pelo Ministério da Saúde

20/01/2023 10:50
Carolina Vieira

Cottonbro Studio/Pexels
(foto: Cottonbro Studio/Pexels)

As infecções pelo vírus do papiloma humano (HPV) são as infecções do trato reprodutivo mais frequentes, responsáveis por cânceres e outras doenças em homens e mulheres.

O HPV-16 e o HPV-18 são os tipos cancerígenos mais comuns, responsáveis por quase 70% dos cânceres de colo uterino, assim como câncer anal, carcinoma orofaríngeo, cânceres da cabeça e do pescoço e câncer de pênis. Os tipos de HPV 31, 33, 45, 52 e 58 juntos representam 15% dos cânceres de colo uterino.

Qualquer pessoa sexualmente ativa pode ser infectada pelo HPV. O HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo e pode ser transmitido mesmo quando os preservativos são usados.

Assim, a melhor forma de prevenir o HPV é ser vacinado antes de iniciar a vida sexual. O HPV também pode ser transmitido através de materiais ou objetos que podem ter entrado em contato com pessoas infectadas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que crianças e adolescentes recebam duas doses da vacina contra o HPV com pelo menos seis meses entre as doses.

A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está fazendo o chamamento para que meninos de 9 a 14 anos recebam a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV), disponível gratuitamente pelo SUS em centros de saúde do estado.

Meninas na mesma faixa etária também devem comparecer aos postos de saúde para receber a vacina. A imunização contra o HPV para o público alvo, em Minas Gerais, está abaixo da meta de 80%, recomendada pelo Ministério da Saúde.

Pessoas imunocomprometidas, incluindo aqueles com HIV, correm mais risco de ter infecção persistente pelo HPV e câncer. Desta forma, pessoas de 9 a 45 anos de idade vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea e pacientes oncológicos também têm direito de receber a vacina pelo SUS, mediante indicação médica.

Se você se encaixa nos critérios acima, ou conhecer quem o faça, não deixe de procurar o centro de saúde mais próximo para vacinação. Se cuide!