Na coluna anterior, eu e a radio-oncologista Bruna Bonaccorsi conversamos a respeito da importância da braquiterapia no tratamento dos tumores ginecológicos. A braquiterapia, apesar de muito bem tolerada e, como dito anteriormente, poupar melhor os tecidos sadios da radiação, pode levar a alguns efeitos colaterais indesejáveis, tais como fadiga, diarréia, sintomas irritativos urinários, secura e estenose (estreitamento) vaginal.
Alguns desses sintomas, principalmente os relacionados ao aparelho ginecológico, podem influenciar negativamente na qualidade de vida das pacientes. É fundamental implementar estratégias para que essas pacientes tenham de volta o bem estar psicossocial e a funcionalidade sexual que o tratamento possa ter prejudicado.
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A importância da braquiterapia no controle dos tumores ginecológicosComo melhorar a qualidade do seu sono e diminuir o risco de câncerMedicina do estilo de vida: sono reparador como aliado contra o câncerPara as sexualmente ativas, recomenda-se retorno a atividade sexual precoce. Para as sem parceiros, a fim de evitar a estenose, pode ser necessário o uso de dilatadores vaginais.
Após um tratamento para um câncer ginecológico há estudos que apontam que quase 80% das pacientes perdem o interesse em sexo. E os efeitos colaterais do tratamento contribuem para isso. Neste ponto, o papel do sexólogo (a) é imprescindível.
É preciso ter em mente que, independente da idade da mulher, é necessário abordar este tema, ainda tabu na nossa sociedade. Tratar e curar o câncer é sempre a prioridade, mas a qualidade de vida dessas pacientes pós tratamento oncológico é de fundamental importância.