Dos tumores ginecológicos, os mais comuns são o câncer de colo de útero e o de endométrio. Destes, o mais frequente em mulheres mais jovens é o câncer de colo uterino que, segundo o INCA, no triênio 2020-2022 são esperados quase 17 mil casos.
Parte do tratamento destes tumores é feito com radioterapia e, dentre as modalidades de radiação utilizada encontra-se a braquiterapia. O termo vem do grego brachys, que significa "curta distância". Nada mais é do que a fonte de radiação colocada muito próxima ao tumor com o auxílio de aplicadores ginecológicos, possibilitando maior preservação dos tecidos sadios. Para falarmos mais a respeito, convidei a doutora Bruna Bonaccorsi, radio-oncologista do grupo Oncoclínicas:
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Como melhorar a qualidade do seu sono e diminuir o risco de câncerMedicina do estilo de vida: sono reparador como aliado contra o câncerO papel da acupuntura no alívio de sintomas de pacientes oncológicosO tipo de braquiterapia vaginal mais utilizada é conhecida como HDR , do inglês High Dose Rate. Uma alta dose de radiação é aplicada a cada sessão de tratamento. Não é necessária internação, o procedimento é feito de forma ambulatorial, isto é, a paciente realiza a braquiterapia e em seguida pode ir pra casa.
A aplicação é feita pelo médico radio-oncologista, com a paciente em posição ginecológica e consciente durante todo o procedimento. Geralmente não há necessidade de anestesia apesar do desconforto durante a aplicação. A duração depende da atividade da fonte radioativa, mas pode levar em média 20 minutos e em geral são prescritas quatro sessões.
Na próxima coluna falaremos a respeito dos possíveis efeitos colaterais da radioterapia/braquiterapia e como manejá-los.