Desde o começo da pandemia da COVID-19, uma questão que está sendo bastante discutida é a resposta vacinal de pessoas expostas a imunossupressores como, por exemplo, tratamentos quimioterápicos. Será que esses pacientes desenvolveriam a mesma resposta, com proteção duradoura, desenvolvida em indivíduos não imunossuprimidos? Embora não haja grandes estudos sobre esse tópico, algumas evidências apontam para uma duração relativamente curta em títulos de anticorpos e em possível benefício com aplicação de uma dose adicional.
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Além de pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses, outros critérios prioritários para a terceira dose foram definidos pelo Ministério da Saúde:
- Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
- Pessoas com HIV e CD4 < 350 células/mm3;
- Pessoas com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida;
- Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
- Pessoas com neoplasias hematológicas.
O Ministério da Saúde aconselha que os pacientes imunossuprimidos devem ser vacinados quando a doença estiver controlada ou em remissão como também em baixo grau de imunossupressão ou sem imunossupressão, preferencialmente.O Ministério também afirmou que o reforço deveria ser feito preferencialmente com a vacina da Pfizer, mas também poderão ser utilizadas a vacina da AstraZeneca e Janssen.
Destacam ainda que a decisão da revacinação nos pacientes deve ser individual, levando em consideração alguns aspectos como faixa etária, a doença de base, os graus de atividade e imunossupressão, além das comorbidades, e que seja feita preferencialmente sob orientação de médico especialista.
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