Envolvido na produção de importantes enzimas para o processo de digestão e de hormônios reguladores dos níveis de glicose do sangue, o pâncreas é um órgão do qual podem se originar tumores malignos que merecem grande atenção, especialmente em relação ao seu subtipo mais comum, o adenocarcinoma, que corresponde a mais de 90% dessas neoplasias. Convido aqui o professor Paulo Henrique Diniz, médico do Grupo Oncoclínicas, para esclarecer algumas dúvidas e falar sobre a importância desta neoplasia.
"Embora não tão discutido como nas malignidades mais incidentes na nossa população, as projeções são de aumento expressivo no número de casos por ano na próxima década. Infelizmente, de acordo com dados americanos, o número de óbitos anuais por câncer de pâncreas nos EUA vai saltar de 36 mil para 63 mil até 2030. Não há estimativas específicas no Brasil, mas provavelmente o cenário também não é animador.
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Entretanto, não é recomendado aguardar o aparecimento desse quadro clínico para se preocupar com o tumor. O mais importante é evitar os fatores de risco, ou seja, hábitos e outras doenças que podem favorecer a ocorrência deste câncer: tabagismo, obesidade, inatividade física, pancreatite crônica e até mesmo o diabetes mellitus.
Há fatores hereditários que também predispõe à neoplasia, como as chamadas síndromes genéticas, que consistem na herança de alguns genes já mutados ou inativos, que levam ao câncer de pâncreas. Felizmente esses genes são responsáveis por apenas entre 5% a 10% dos casos. Ou seja, na maioria das situações, podemos atuar de forma preventiva para reduzir o risco."
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