Os pacientes com câncer, embora usualmente não arquem com os custos diretos dos tratamentos oncológicos (cobertos pelo SUS), podem apresentar toxicidade financeira relacionada à doença.
Esses cidadãos sofrem perda de produtividade no trabalho, o que pode incluir uma redução em sua carga horária, dias perdidos, ou até mesmo a perda do trabalho devido aos problemas de saúde. A perda de emprego limita o acesso a benefícios, incluindo seguro de saúde, o que pode aumentar ainda mais os custos de assistência médica relacionados ao câncer.
A toxicidade financeira descreve não apenas o impacto financeiro mensurável, mas também o estresse pessoal e a preocupação financeira vivenciada por pacientes e suas famílias.
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Pacientes economicamente desfavorecidos enfrentam as barreiras ao acesso à saúde/tratamento com sacrifícios econômicos pessoais e de seus familiares, ou até mesmo desistindo de procurar cuidados oncológicos.
Medo, desconfiança e outras barreiras emocionais também podem impactar em pior acesso aos tratamentos, sendo imprescindível a atuação de uma equipe multidisciplinar, com apoio também na atenção primária (equipes dos centros de saúde).
As doenças não acontecem somente por acaso, sendo também influenciadas pela estrutura social, política e econômica em que vivemos. Desigualdade social em saúde se refere à falta de equidade na distribuição da doença.
Desta forma, fazem-se necessárias políticas de saúde pública que estejam alinhadas com políticas econômicas que visam redução desta desigualdade social. Neste ponto, o posicionamento da sociedade junto aos políticos e gestores de saúde torna-se muito importante.
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