Em resposta à ausência de dados sobre a eficácia e a segurança das vacinas contra COVID-19 em pacientes oncológicos, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) produziu um guia com orientações para a imunização de pacientes em tratamento de diferentes tipos de câncer. 

Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo (SP), em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac; e a ChAdOx1 nCoV-19, desenvolvida pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford. Ambas são aplicadas em duas doses, o que varia é o intervalo entre as aplicações.

De acordo com os especialistas da SBOC, as vacinas são seguras e não possuem restrições de aplicação em pacientes oncológicos, ainda que em tratamentos imunossupressores, como quimioterapia e radioterapia, que afetam o funcionamento do sistema imunológico. 

A segurança e a eficácia das vacinas contra a COVID-19  ainda não foram avaliadas em pacientes oncológicos. Entretanto, como nenhuma destas vacinas possui qualquer parte ativa do Sars-CoV-2 (Coronavac é considerada de vírus não vivo, enquanto ChAdOx utiliza um vetor viral não replicante, ou seja, não capaz de se replicar, por isso considerada inativa também), todas as agências nacionais e internacionais não têm feito distinção alguma entre ambas no que diz respeito a preferência nesta população.

Não há, até o momento, possibilidade de escolha da vacina a ser tomada. Recomendo utilizar a que estiver sendo fornecida pela sua secretaria de saúde. As vacinas aprovadas no Brasil são eficazes e imprescindíveis para a proteção dos pacientes oncológicos e no combate à pandemia de forma geral.

Em Belo Horizonte, a prefeitura iniciou esta semana a vacinação dos idosos entre 80-85 anos. O paciente com câncer deverá receber a vacina no momento definido para sua faixa etária ou, caso não seja idoso, quando iniciarem a fase de vacinação das pessoas com comorbidades.

Agradecimentos à SBOC pelo trabalho de conscientização e atualização constante sobre o tema. Mais informações no 

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