As alterações capilares e até mesmo a perda dos cabelos (alopécia) é um efeito colateral frequente de tratamentos quimioterápicos e motiva preocupações por parte dos pacientes. Para falar um pouco a respeito, convido a Dra. Mariana Picoli, que finaliza este mês sua residência médica em dermatologia.
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A tricologia é um ramo da dermatologia responsável pelo estudo, tratamento e prevenção de problemas que envolvem o couro cabeludo e os cabelos. Os fios além de fazerem parte da autoestima dos pacientes podem revelar sinais que permitem o médico diagnosticar doenças sistêmicas como anemia, lúpus e alterações na tireoide.
Na oncologia, possui papel importante, pois muitas das medicações utilizadas podem interferir no ciclo capilar e na qualidade do fio. Pesquisas realizadas com pacientes oncológicos revelam que a queda dos cabelos é um dos efeitos colaterais mais angustiantes e incômodos da quimioterapia, pois a alopecia os identifica como pacientes oncológicos e a perda dos cabelos é um lembrete visível da doença.
2- Quais as alterações capilares mais comuns em pacientes oncológicos?
As alterações capilares mais comuns nos pacientes oncológicos são o eflúvio telógeno e o eflúvio anágeno. Também ocorrem alterações na textura, cor e força do fio. Essas modificações podem ser decorrentes da doença em curso ou secundárias ao tratamento realizado.
Como somos indivíduos geneticamente diferentes, temos diferentes manifestações perante uma mesma doença ou a um mesmo tratamento. Assim, alguns pacientes experimentam queda de todos os fios da cabeça, enquanto outros apresentam queda parcial ou quebra dos cabelos.
Como somos indivíduos geneticamente diferentes, temos diferentes manifestações perante uma mesma doença ou a um mesmo tratamento. Assim, alguns pacientes experimentam queda de todos os fios da cabeça, enquanto outros apresentam queda parcial ou quebra dos cabelos.
O eflúvio telógeno se caracteriza por uma queda parcial dos fios e um afinamento do cabelo que se realça principalmente na região da frente do couro cabeludo. A queda se inicia de três a quatro meses após a agressão.
As causas são variadas e entre elas estão causas nutricionais, infecciosas e medicamentosas. Uma das alterações capilares mais frequentes após a realização da quimioterapia é o eflúvio anágeno, pois alguns dos medicamentos utilizados atacam as células em proliferação atingindo assim as células neoplásicas e as células em crescimento do cabelo.
A queda se inicia de uma a duas semanas após o tratamento e evolui com alopecia total. O retorno dos fios ocorre de três a seis meses após o final do tratamento e em uma pequena porcentagem dos pacientes não há repilação completa.
As causas são variadas e entre elas estão causas nutricionais, infecciosas e medicamentosas. Uma das alterações capilares mais frequentes após a realização da quimioterapia é o eflúvio anágeno, pois alguns dos medicamentos utilizados atacam as células em proliferação atingindo assim as células neoplásicas e as células em crescimento do cabelo.
A queda se inicia de uma a duas semanas após o tratamento e evolui com alopecia total. O retorno dos fios ocorre de três a seis meses após o final do tratamento e em uma pequena porcentagem dos pacientes não há repilação completa.
3- Há formas de diminuir as chances de queda dos cabelos durante os tratamentos quimioterápicos?
Sim, dependendo do tratamento e do tipo de câncer há opções terapêuticas que diminuem a queda dos cabelos durante a quimioterapia. O resfriamento do couro cabeludo é a técnica com mais estudos publicados e é realizada através da colocação de uma touca que resfria a cabeça do paciente.
A touca deve ser colocada antes da realização do procedimento e ser mantida por aproximadamente uma hora e meia após a realização da quimioterapia. A queda da temperatura local do couro cabeludo faz com que ocorra uma redução do metabolismo do fio e que haja uma redução da quantidade de sangue que chega até aquela região, o que reduz a quantidade de quimioterápico que chega até o fio.
A touca deve ser colocada antes da realização do procedimento e ser mantida por aproximadamente uma hora e meia após a realização da quimioterapia. A queda da temperatura local do couro cabeludo faz com que ocorra uma redução do metabolismo do fio e que haja uma redução da quantidade de sangue que chega até aquela região, o que reduz a quantidade de quimioterápico que chega até o fio.
Não podem realizar esse procedimento pacientes com neoplasias do sangue ou aqueles com metástases do couro cabeludo. Um outro meio que também pode ser utilizado são os torniquetes do couro cabeludo, que consiste em um dispositivo que faz pressão ao redor da linha do cabelo.
O objetivo é o mesmo do resfriamento, de reduzir a perfusão e chegada de quimioterápicos no local. Imunomoduladores estão em estudo para a prevenção da queda de cabelo durante a quimioterapia, porém ainda sem comprovação científica do seu benefício.
O objetivo é o mesmo do resfriamento, de reduzir a perfusão e chegada de quimioterápicos no local. Imunomoduladores estão em estudo para a prevenção da queda de cabelo durante a quimioterapia, porém ainda sem comprovação científica do seu benefício.
4- Quais tipos de tratamentos poderiam ser indicados para um paciente oncológico, após um tratamento quimioterápico, no intuito de recuperar a saúde capilar?
O minoxidil tópico é uma medicação que tem sido muito usada quando a volta dos cabelos começa a acontecer. Ele não interfere na prevenção da queda, mas auxilia no crescimento dos fios.
Para aqueles pacientes que não perderam a totalidade dos fios, mas tiveram um prejuízo na estrutura capilar, é importante preservar os fios de agressões externas como descolorantes, secadores e chapinhas, pois esses procedimentos podem ajudar na quebra dos fios.
Para aqueles que tiveram perda da totalidade dos fios podem ser usadas perucas, lenços ou turbantes. É importante se atentar para a proteção solar do couro cabeludo, seja com os itens já citados ou com protetor solar indicado pelo seu médico dermatologista.
Para aqueles pacientes que não perderam a totalidade dos fios, mas tiveram um prejuízo na estrutura capilar, é importante preservar os fios de agressões externas como descolorantes, secadores e chapinhas, pois esses procedimentos podem ajudar na quebra dos fios.
Para aqueles que tiveram perda da totalidade dos fios podem ser usadas perucas, lenços ou turbantes. É importante se atentar para a proteção solar do couro cabeludo, seja com os itens já citados ou com protetor solar indicado pelo seu médico dermatologista.
Tem alguma dúvida ou gostaria de sugerir um tema? Escreva pra mim: carolinavieiraoncologista@gmail.com