Nesta semana, darei continuidade ao esclarecimento de dúvidas relacionadas à alimentação e o câncer, contando com a participação da nutricionista Eunice Barros.
1- A dieta cetogênica pode ser indicada em pacientes oncológicos?
A dieta cetogênica nos últimos anos tem sido muito indicada por ter efeitos anticâncer e no tratamento de alguns tipos de tumor. A dieta cetogênica consiste em reduzir o carboidrato e limitar a proteína, sem reduzir a ingestão de gordura.
O principal alimento que faz parte da dieta cetogênica é a gordura, compondo até 75% da dieta e os demais são macronutrientes, distribuídos entre o carboidrato (até 10% da dieta) e proteína (até 25%).
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No entanto, a dieta cetogênica pode ser difícil de implantar em pacientes caquéticos ou idosos, além de apresentar algumas complicações, como: constipação (devido ao consumo reduzido de grãos integrais e fibras), refluxo gastroesofágico, mudanças de peso (ganho ou perda: é necessária assistência nutricional individualizada), fome (o volume físico de alimentos é menor, o que pode levar à fome, especialmente nas primeiras 1-2 semanas).
Outras complicações são a deficiência de vitaminas e minerais (cálcio, magnésio, selênio, zinco e vitamina D), pedras nos rins (em pacientes desidratados este efeito é mais comum), colesterol alto e outras anormalidades lipídicas (requer controle dos exames) afeta o metabolismo ósseo (deficiência de vitamina D), retardo de crescimento em crianças (restrição de proteínas).
Portanto, a dieta cetogênica requer uma indicação individualizada, um controle rígido dos seus efeitos e acompanhamento nutricional adequado.
Outras complicações são a deficiência de vitaminas e minerais (cálcio, magnésio, selênio, zinco e vitamina D), pedras nos rins (em pacientes desidratados este efeito é mais comum), colesterol alto e outras anormalidades lipídicas (requer controle dos exames) afeta o metabolismo ósseo (deficiência de vitamina D), retardo de crescimento em crianças (restrição de proteínas).
Portanto, a dieta cetogênica requer uma indicação individualizada, um controle rígido dos seus efeitos e acompanhamento nutricional adequado.
2- O que são alimentos imunomoduladores?
São produtos nutricionais especializados que contêm uma mistura de nutrientes com potencial modulador imunológico, incluindo os aminoácidos arginina e glutamina, ácidos graxos ômega-3 e nucleotídeos / RNA. Estes nutrientes apresentam benefícios para pacientes hospitalizados submetidos à procedimentos cirúrgicos e têm potencial para diminuir o risco de infecção. Têm indicações específicas e demandam avaliação nutricional especializada.
3- Quais são as diferenças entre prebióticos e probióticos? Pacientes em tratamento de câncer podem usar esses alimentos?
A microbiota intestinal humana exerce um papel importante na saúde e é composta por milhares de cepas de bactérias, fungos e vírus. Probióticos são microrganismos vivos presentes na nossa flora intestinal e os prebióticos são carboidratos não digeríveis (fibras) que estimulam a proliferação das bactérias saudáveis do nosso corpo. Ainda é controverso e polêmico o uso de probióticos durante a quimioterapia, principalmente quando o protocolo possui drogas imunossupressoras com maior risco de desenvolver neutropenia febril. Entretanto, prebióticos já têm menos restrições de indicação.
4- Refrigerante causa câncer?
O hábito de ingerir refrigerante faz mal à saúde, não somente porque ele contém muito açúcar na sua composição, mas também contém componentes como o benzoato de sódio e ácido fosfórico. O benzoato de sódio é um agente que impede o crescimento de bactérias e fungos nas bebidas, ao combinar com o ácido ascórbico forma-se o benzeno que é uma substância carcinogênica. Como se não bastasse, ainda temos o ácido fosfórico presente nas versões light ou zero que estimula a perda de cálcio dos ossos.
Tem alguma dúvida ou gostaria de sugerir um tema? Escreva pra mim: carolinavieiraoncologista@gmail.com