Você está deitada na cama e ao se virar para o lado ou se levantar, tem a sensação de que o mundo ao seu redor está girando fortemente. Este sintoma geralmente poucos segundos, na maioria das vezes menos de um minuto, e por vezes vem acompanhado de náuseas e até vômitos.
Sem dúvida, é uma sensação muito desagradável que tende a se repetir quando são realizados movimentos bruscos da cabeça ou se abaixa para pegar um objeto no chão. Essas crises vão se repetindo por vários dias e são piores pela manhã.
Para muita gente trata-se de "labirintite", mas na verdade é uma doença relativamente comum, descrita em 1921 por Robert Bárány e depois detalhado e denominado Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) por Dix and Hallpike em 1952, apesar do nome complicado é bem conhecida dos otorrinolaringologistas e neurologistas.
De fato a VPPB é a causa mais comum de vertigens de repetição, especialmente em mulheres acima dos 50 anos. Ela afeta as pessoas na medida que envelhecem e tem potencial suficiente para provocar quedas em idosos.
O Sistema Vestibular é um conjunto de estruturas situadas na orelha interna, que funciona continuamente, inclusive durante o sono, e tem a função de informar aos centros nervosos especialmente a posição e velocidade de movimentação da cabeça.
É composto por 3 canais semicirculares e por dois pequenos órgãos denominados utrículo e sáculo e que estão situados dentro do osso temporal (osso onde está presa a orelha externa), do lado direito e esquerdo. Esse sistema contém cílios imersos em um líquido, e que se movimentam quando ocorre qualquer inclinação da cabeça.
Essa movimentação gera um impulso elétrico que é levado ao cérebro. Toda vez que movimentamos a cabeça milhares de impulsos elétricos chegam ao cérebro informando posição e velocidade de movimentação da cabeça, em um processo que exige que os estímulos tenham intensidade e simetria dos dois lados para que possamos nos sentir equilibrados. Quando um dos lados gera um estímulo diferente do outro temos a sensação de desequilíbrio.
Essa movimentação gera um impulso elétrico que é levado ao cérebro. Toda vez que movimentamos a cabeça milhares de impulsos elétricos chegam ao cérebro informando posição e velocidade de movimentação da cabeça, em um processo que exige que os estímulos tenham intensidade e simetria dos dois lados para que possamos nos sentir equilibrados. Quando um dos lados gera um estímulo diferente do outro temos a sensação de desequilíbrio.
Os cílios do utrículo e do sáculo possuem uma camada gelatinosa por cima de suas extremidades e os otólitos (cristais de carbonato de cálcio). Quando a cabeça é inclinada, a gravidade traciona os otólitos e, consequentemente, essa camada gelatinosa, levando os cílios a se movimentarem. OS canais semicirculares não têm esses “cristais de cálcio” em seu líquido.
Acredita-se que a VPPB seja causada por deslocamento de fragmentos de cristais de carbonato de cálcio (otólitos) para o interior dos canais semicirculares. Essas partículas
não se sabe bem o motivo mais frequentemente para o canal semicircular posterior onde irão provocar forte estímulo do lado afetado.
Temos a sensação de desequilíbrio porque os estímulos que vêm de um lado são diferentes ao do lado oposto, gerando forte movimentos dos olhos, o nistagmo, e a vertigem.
Temos a sensação de desequilíbrio porque os estímulos que vêm de um lado são diferentes ao do lado oposto, gerando forte movimentos dos olhos, o nistagmo, e a vertigem.
A VPPB muitas vezes ocorre em decorrência de quedas, posição prolongada da cabeça em determinadas posições - uma cirurgia ou tratamento dentário por exemplo, e muitas vezes sem causa aparente.
O tratamento é realizado por manobras, uma espécie de fisioterapia, que objetivam o reposicionamento dos cristais. Medicamentos podem ser utilizados, por curtos períodos de tempo, para diminuir a intensidade dos sintomas.
Meu nome é Alexandre Rattes, sou Otorrinolaringologista e se você tem alguma sugestão de matéria por favor envie para otorrino.lifecenter@gmail.com