Que adultos roncam não é novidade, mas muita gente se espanta ao constatar que sua criança ronca e respira mal durante o sono. E não raramente observam-se paradas respiratórias durante o sono, que deixam os familiares ainda mais ansiosos
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Sua tosse não para: será que você está com sinusite?Por que produzimos meleca no nariz? Como ela se forma?Dor de garganta de repetição em crianças. Por que isso acontece? Noites mal dormidas: Ronco e sono na gravidezA presença, já ao nascimento, de um tecido parecido com as amígdalas: a adenóide. Essa estrutura localizada na garganta atrás do nariz, costuma crescer em crianças dificultando a passagem de ar e as obrigando a respirar pela boca. O fluxo de ar turbulento durante o sono causam vibração de estruturas na garganta e gera o ruído característico do ronco. Quando as adenóides crescem podem também obstruir pequenas comunicações denominadas tubas auditivas, que levam ar para o ouvido, o que pode facilitar a ocorrência de otites. O crescimento pode ser um resposta a estímulos alérgicos, infecciosos e até a poluição ambiental.
Em função possivelmente da desidratação da saliva na boca, ocasionada pela respiração bucal e pela babação durante o sono, muitas vezes associa-se aumento das amígdalas ou tonsilas palatinas, estruturas que ficam nas laterais da garganta, o que agrava ainda mais o ronco e facilita a ocorrência de paradas respiratórias - as apneias.
A criança que respira mal tem sono agitado, está sempre se revirando na cama em busca de uma posição melhor para puxar o ar e não raramente tem dificuldade de controlar a micção durante a noite(enurese noturna) em função da dificuldade em respirar. Durante o dia, como consequência do sono de baixa qualidade, geralmente são mais irritadas e agitadas.
Outra importante consequência da respiração bucal é o crescimento inadequado da mandíbula e dentes. Alterações do crescimento da mandíbula não tratadas na infância facilitam a ocorrência de quadros de apneia grave em adultos.
Apesar da controvérsia envolvendo o papel imunológico das adenóides e amígdalas é certo que o aumento significativo dessas estruturas deve ser combatido inclusive cirurgicamente, quando necessário.
Meu nome é Alexandre Rattes e se você tem alguma sugestão de matéria me envie um e-mail para otorrino.lifecenter@gmail.com