Interessante observar que à medida em que avança o outono e a temperatura cai, os portadores de rinite alérgica pioram. Nessas pessoas, as queixas mais frequentes são nariz entupido, espirros, corrimento nasal e coceiras.
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Recentemente, alertamos que a perda de olfato pode ser inclusive um sintoma de COVID-19.
As substâncias que desencadeiam ou mantêm quadros de alergia são denominadas alérgenos. São moléculas que, em pessoas normais, passariam pela mucosa do nariz despercebidas, mas que o sistema imunológico dos alérgicos reconhece como hostis e desencadeia uma reação inflamatória em cascata que lhes provoca intensa coceira, espirros, aumento de muco e entupimento do nariz.
Na verdade, tudo não passa de um esforço do nariz em expulsar ou, no mínimo, impedir a entrada em nossas vias aéreas da substância considerada nociva, mas que acaba gerando um tremendo mal estar.
E os sintomas pioram especialmente à noite, com agravamento da obstrução nasal que, muitas vezes, impede ou interrompe o sono normal.
Com a pandemia de COVID-19 em curso, os alérgicos estão enfrentando três problemas adicionais. O primeiro é que boa parte da população está em isolamento social e a maioria das substâncias que provocam rinite alérgica está escondida ou invisível a olho nu dentro de nossas casas: pelos, especialmente os de cães e gatos; ácaros vivos ou mortos dentro de travesseiros; colchões; e fungos em nossos casacos e roupas de frio, cobertores e edredons, especialmente os que estavam guardados.
Ao sair de casa, o segundo problema adicional enfrentado é que a coceira intensa que acompanha os fenômenos alérgicos nasais é agravada quando a máscara suavemente encosta em nosso nariz. E por que isso seria um problema adicional? Porque a mão contaminada pode trazer à máscara ou ao nariz o coronavírus, colocando todo o esforço a perder!
A terceira questão está relacionada ao receio de sair de casa e ir ao consultório médico. Uma rinite alérgica prolongada acaba favorecendo a ocorrência de infecções, especialmente as sinusites e, perceba, preocupados com a possibilidade de contaminação, os médicos redobraram os cuidados em seus consultórios, tornando o ambiente muito mais seguro do que, por exemplo, um supermercado.
Existem diversas medidas, medicamentos e até pequenos procedimentos cirúrgicos que podem ajudar muito o portador de rinite alérgica e obstrução nasal. Não deixe de procurar ajuda com o especialista!
Se você tem dúvidas sobre este tema ou quer mandar sugestão d assunto para a coluna, envie email para alexandrerattes@gmail.com
Meu nome é Alexandre Rattes e sou Otorrinolaringologista.