A história da apneia do sono começa no início do século 20 quando Sir William Olser usou pela primeira vez o termo “Pickwickian”, inspirado em personagem do livro do romancista inglês Charles Dickens, para descrever pacientes obesos e com sonolência diurna aumentada.
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De lá para cá o nome da doença mudou e os tratamentos para as pessoas que sofrem de apneia obstrutiva do sono evoluíram muito. Hoje falarei brevemente sobre o CPAP, um aparelho universalmente utilizado para tratamento desse problema.
Do inglês Continuous Positive Air Pressure – pressão positiva contínua de ar, trata-se de um aparelho que, como o nome diz, aplica pressão de ar de forma contínua no nariz e/ou boca durante o sono de forma a manter as vias aéreas abertas nos portadores de apneia obstrutiva do sono, que necessitam de auxílio para mantê-las desobstruídas.
Ao contrário do que os pacientes que nos procuram pensam, em condições domésticas o CPAP utiliza somente ar ambiente, não precisando estar ligado a fonte externa de oxigênio.
Desenvolvido em 1981 pelo professor Colin E. Sullivan e colegas da Universidade de Sydney, desde então esse equipamento ficou mais moderno, diminuiu de tamanho e ficou bem silencioso. Os CPAPS atuais são capazes de identificar, através de sensores de fluxo e algoritmos, a interrupção parcial (hipopneia) ou total (apneia) da passagem de ar, escapes de ar pela máscara, tempo de uso e registrar em cartão de memória dentro do dispositivo essas informações, para consulta futura.
Em nossa prática, recomendamos sempre que os pacientes aluguem o equipamento antes de comprar e que sejam acompanhados por profissional capacitado de fisioterapia respiratória antes de decidir pela compra.
E, nesta particularidade, um modelo mais moderno permite acessar remotamente informações do que ocorre durante o sono, permitindo ao fisioterapeuta que acompanha a adaptação corrigir parâmetros do equipamento, através de telemetria ao longo do período de experiência. Trata-se de importante avanço tecnológico.
Essa facilidade, em conjunto com substanciais melhorias no conforto das máscaras, tornou mais fácil a adaptação aos CPAPs.
Importante ressaltar que, se você já usa o CPAP, precisa trocar com frequência o filtro de ar do equipamento, limpar e desinfectar a máscara e acessórios e também fazer leitura regular do cartão de memória.
Se você tiver alguma dúvida envie para alexandre.rattes@gmail.com.
Meu nome é Alexandre Rattes, sou médico Otorrinolaringologista especializado em Ronco e Apneia do Sono.