Saúde Plena

OBESIDADE

Cirurgia de remoção de pele: como é e quando fazer?


Após uma grande perda de peso, como a que acontece após uma cirurgia bariátrica, há a possibilidade de surgir um grande excesso (sobras) de pele em alguns locais do corpo, como abdômen, braços, pernas, seios, nádegas e face. É uma condição que pode deixar o corpo com uma aparência flácida, sem definição do contorno corporal. 



Esse acúmulo de pele gera incômodos físicos e emocionais, como lesões de pele nas áreas de dobras, dificuldades nas vestimentas alem de grande dificuldade em caminhar e fazer atividades cotidianas, importantes para nossa saúde e nossa vida.

O melhor momento para se realizar a cirurgia de remoção de pele é quando o peso estiver estabilizado, o que ocorre geralmente após 12 a 18 meses em média. Ainda assim, o cirurgião plástico deve selecionar os pacientes que estejam com o Índice de Massa Corpórea (IMC) abaixo de 30 e com bom controle nutricional, o que será visto através de uma avaliação detalhada nos exames pré operatório para o risco cirúrgico. 

Quando o IMC estiver acima dessa média, a cirurgia só deve ser feita se houver razões fortes, como por exemplo, quando a sobra de pele e o excesso gorduroso prejudicam a locomoção do paciente. Cada caso deverá ser discutido individualmente

A cirurgia tem a duração de cerca de 2 a 4 horas, com anestesia geral ou bloqueios espinhais, o que varia de acordo com o tipo de procedimento e a experiência da equipe médica. Não é aconselhável associar duas ou mais cirurgias plásticas por apresentarem, especialmente nestes pacientes, maior morbidade pré e pós-operatória, ou seja, risco pouco mais elevado que as cirurgias feitas uma de cada vez. 



O tempo de internação é de cerca de 1 dia, com necessidade de repouso relativo em casa por um período de 15 dias até 1 mês. 

Importante salientar que é indicado que essa pessoa tenha acompanhamento psicológico para lidar com as mudanças em seu corpo e se manter firme nos propósitos da nova alimentação e atividades físicas

Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de obesidade no país passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 2018. Um crescimento muito significativo. E pensando em doenças que podem ser desencadeadas em decorrência do sobrepeso, como diabetes e hipertensão, é preciso pensar em formas de conscientizar a população para uma alimentação mais equilibrada e a prática de exercícios físicos.