Com o boom das redes sociais, as pessoas estão, cada vez mais em busca da perfeição. Nesse anseio por exposição, o termo harmonização facial surgiu como a sistematização de uma série de procedimentos pouco ou minimamente invasivos para tornar o rosto das pessoas mais proporcional.
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Essa é uma prática antiga e já consolidada na medicina, estudamos o rosto do paciente e aplicamos preenchedores, toxina botulínica e bioestimuladores utilizados no rejuvenescimento e correção de pequenas alterações na face. Isso já é executado há muito tempo por nós, médicos.
Apesar de parecer a solução imediata para muitas pessoas, é preciso ficar atento na hora de escolher o profissional que vai executar o procedimento. O indivíduo precisa ter formação adequada, discernimento para avaliar se o paciente tem realmente necessidade de fazer esses procedimentos, esclarecer sobre as indicações e riscos além de fazer acompanhamento adequado pós procedimento. No caso da especialidade em Cirurgia Plástica, temos formação e qualificação para tratar as possíveis complicações vindas desse processo.
Os mais capacitados a fazer estes procedimentos são o cirurgião plástico e o dermatologista. O dentista cuida de casos que tratam a oclusão dentária, assim como ossos e músculos diretamente relacionados à oclusão. A região frontal, cervical e olhos nada têm a ver com doenças ou sintomas oclusais, principalmente relacionados à estética. Recentemente, o Conselho Federal de Odontologia reconheceu que cirurgiões dentistas também podem fazer procedimentos que envolvem preenchimento. Isto foi de encontro à lei do ato médico e esta liberação pelo CFO ainda é tema em discussão no Judiciário, não tendo havido transitado em julgado liberação para outros profissionais não médicos realizarem procedimentos injetáveis com finalidade estética na face ou qualquer outra parte do corpo.
Todos os profissionais indicam que o processo de simetria deve ser feito com um profissional reconhecido por entidades oficiais, como a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica ou a Sociedade Brasileira de Dermatologia, reduzindo assim os riscos inerentes à estes procedimentos, pois uma aplicação de preenchimento errada pode fazer com que o produto caia nos vasos sanguíneos, causando necrose, cegueira ou até mesmo um AVC. Procedimentos cirúrgicos devem ser feitos em hospitais, com uma equipe médica e estrutura preparadas e adequadas para isso, conforme exigências do CFM e da Vigilância Sanitária.
É importante salientar que os produtos mais adequados e seguros são temporários, além do envelhecimento do nosso corpo ser contínuo. A harmonização retarda o envelhecimento mas não o impede.