Verão: época de ter cuidados redobrados com o câncer de pele

Um conselho para uma pele saudável, sem manchas, com boa textura, com mínimo risco de doença: nunca deixe se bronzear durante a vida toda

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Bronzeamento embeleza, mas é preciso estar atento aos riscos da exposição intensa ao sol (foto: Pixabay)

O Brasil é um país tropical que cultua muito o corpo, principalmente no Verão. Nessa época do ano, as pessoas querem por o bronzeado em dia em praias e piscinas, mas é importante alertar para um mal que corresponde por 1/3 de todos os diagnósticos de câncer no País: o câncer de pele.

O tipo mais comum de câncer da pele é o não melanoma. Ele possui letalidade baixa, porém, seus números são muito altos. Trata-de de uma doença provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares.

Já o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele mas, felizmente, é considerado o mais raro.

Qualquer tipo de câncer de pele deverá ser diagnosticado o mais precocemente possível. Isso possibilita a remoção, evitando sequelas estéticas e funcionais, no caso dos basocelulares e espinocelulares e metástase, além de evolução letal no caso dos melanomas.

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Pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se expõem ao sol têm mais risco de desenvolver a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou mais morenos, ainda que mais raramente.

Os tumores de pele surgem, normalmente, nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar. Entretanto, podem aparecer também em áreas não expostas, como na planta dos pés, períneo e couro cabeludo.

Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental. Embora apresente pior prognóstico, avanços na medicina e o recente entendimento das mutações genéticas, que levam ao desenvolvimento dos melanomas, possibilitaram que pessoas com melanoma avançado hoje tenham aumento na sobrevida e na qualidade de vida.

A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.

Porém, o cuidado principal e mais fácil continua sendo, desde criança, a proteção e não exposição direta da pele ao sol. Muitas pessoas acham que com o uso do protetor solar pode-se ficar à vontade sob o sol, o que não é verdade.  O protetor solar permite um tempo a mais (curto, dependendo do tipo de pele) de exposição e uma proteção a mais, não sendo uma proteção absoluta. Ou seja, todas as vezes que você se expuser ao sol, mesmo usando e repetindo o protetor solar, e ter sua pele avermelhada ou bronzeada pelo sol, estará expondo a um envelhecimento muito mais intenso e precoce assim como maior chance de câncer de pele. E lembrar que este risco é cumulativo. Mesmo que se bronzeie apenas uma parte do ano, estas lesões se somarão a outras exposições ao longo da sua vida.

Se quer um conselho para uma pele saudável, sem manchas, com boa textura, com mínimo risco de câncer de pele, nunca deixe se bronzear em nenhuma etapa da vida. Tome sol até as 8hs da manhã, direto na pele, por até 10 minutos, apenas para obter os benefícios da luz solar em seu corpo.

Qualquer lesão suspeita o ideal é procurar o mais rapidamente possivel um dermatologista ou cirurgião plástico para se orientar adequadamente, ver a necessidade de retirada e biopsia da lesão suspeita e ter uma vida mais longa, saudável e tranquila.

 

Se você tem dúvidas, mande para mim: alexandremeira@gmail.com