Apesar de o brasileiro conhecer os riscos da exposição solar, pouco se previne contra o câncer de pele e o grande problema é converter esse conhecimento em atitude.
saiba mais
Verão: temporada de férias e de cirurgias plásticas; então, cuidado
Tratamento personalizado conforme perfil genético do tumor e do paciente é o futuro já presente na Oncologia
Entenda por que o exame oncológico preventivo é decisivo para cura de câncer
Queda da mortalidade por câncer: a importância da oncologia de precisão
Dezembro Laranja e o câncer de pele: a importância do tratamento cirúrgico adequado
O melanoma é um tipo de câncer de pele que atinge os melanócitos, células produtoras de melanina, e pode levar à morte devido à grande possibilidade de metástase. Entretanto, a população geral ainda conhece muito pouco sobre este tipo de neoplasia, o que contribui para aumento dos casos e diagnóstico em fases mais avançadas da doença.
Reduzir ou limitar a exposição solar é a forma de prevenção mais adequada. Os anos críticos são na infância e as queimaduras pelo sol aumentam muito as chances de desenvolvimento de câncer de pele (incluindo o melanoma), mas os cuidados valem para todos. Devemos nos proteger também nos dias nublados, reaplicar o filtro solar durante o dia, não esquecer de regiões como orelhas e pés e não utilizar óleos bronzeadores. Pessoas de pele mais escura também são suscetíveis a desenvolver câncer de pele, inclusive o melanoma.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 6.260 novos casos de melanoma serão diagnosticados entre 2018 e 2019 no Brasil, sendo que a região Sul lidera os casos da doença, em função das características clínicas (pele clara e olhos azuis) mais presentes na população daquele local.
Além do desconhecimento sobre a doença, os dados revelam que a população não consegue identificar corretamente os fatores de risco, colocando apenas o sol como o grande vilão. A minoria das pessoas sabe que o melanoma é o tipo mais letal de câncer de pele, pois pode causar metástases - quando as células do câncer se “espalham” para outros órgãos. A doença também pode apresentar caráter familiar, por isso é muito importante informar ao médico caso algum parente próximo já tenha recebido esse diagnóstico.
Além da prevenção primária (atuar nos fatores de risco), a avaliação da pele pelo dermatologista é imprescindível no caso de manchas suspeitas ou em pacientes que, mesmo sem manchas perceptíveis, tenham maior risco para a doença (história familiar, pele muito clara, maior número de queimaduras solares durante a vida).
Estamos no #dezembrolaranja, uma ação da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e, por isso, nas próximas semanas, falarei mais a respeito do câncer de pele e suas modalidades de tratamento, reforçando inclusive a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Você tem dúvidas sobre câncer de pele? Mande pra mim: carolinavieiraoncologista@gmail.com