Uma das queixas mais comuns em consultórios de dermatologistas é a queda de cabelo. Ela pode acontecer em qualquer fase da vida e, muitas vezes, leva à depressão e problemas de autoestima.
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O tipo mais comum é a queda temporária e intermitente, que chamamos de eflúvio telógeno. Todos nós passamos por fases de queda de cabelo, que são normais e podem durar até três meses, com perda de até cem fios por dia. Algumas pessoas têm poucos episódios durante a vida, porém em outras esse fenômeno é mais frequente, o que pode tornar impossível o sonho de ter um cabelo longo natural.
Você conhece alguém que se queixa de que nunca consegue deixar o cabelo crescer? É possível que essa pessoa apresente eflúvios muito frequentes e isso pode ocorrer por um padrão familiar. Se a queda for provocada por produtos químicos, como escovas progressivas ou outros alisamentos capilares, hipotireoidismo, deficiências de vitaminas ou dietas muito restritivas, por exemplo, reverter é um pouco mais fácil.
O segundo tipo mais comum de queda é a calvície, ou alopécia androgenética. Aqui estamos diante de uma doença crônica, que deve ser acolhida pelo paciente como eterna companheira, com a qual ele vai ter que conviver pelo resto da vida. Diagnóstico e tratamento devem ser realizados pelos médicos dermatologistas, pois eles sabem avaliar se a calvície se apresenta de forma isolada ou está associada a outras doenças do cabelo como a caspa. Nesses casos, o tratamento fica ainda mais difícil, e é necessária uma parceria sólida entre médico e paciente.
No acompanhamento dos pacientes com queda de cabelo é conveniente que seja realizado um exame chamado tricoscopia. Os fios são vistos em grande aumento por uma lente especial, e o resultado pode ser mensurado de uma forma mais palpável. Conforme o grau de evolução, há indicação do tratamento mais adequado.
Vários tratamentos estão disponíveis atualmente para acabar com ou reduzir a queda de cabelo. Os pacientes recorrem com frequência a automedicação com suplementos vitamínicos, porém não sabem que isso pode causar inconveniências como acne e intolerâncias alimentares.
Há medicamentos orais e tópicos bastante eficazes, mas a indicação é particularizada para a causa específica da queda e, por isso, o diagnóstico correto é fundamental.
O transplante capilar, o laser de baixa energia e o uso de novas substâncias estimulantes do crescimento são as apostas para o futuro. Essas ferramentas, entretanto, precisam ser corretamente indicadas para que não se tornem fonte de frustração futura. Somente um especialista é capaz de indicar o melhor tratamento para cada caso.
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