Saúde Plena

Doutor, afinal de contas o que eu tenho é Asma ou Bronquite?

Em primeiro lugar saiba que no idioma “medicinês”, toda vez que lhe disserem que você tem algo que termina com o sufixo ite, trata-se de uma inflamação.

Sinusite, otite, amigdalite, apendicite, diverticulite, bronquite e assim vai.


Mas então qual a diferença entre asma e bronquite?

Na verdade existem diferentes tipos de bronquite e a asma é uma delas.

Podemos ter uma bronquite aguda causada por uma bactéria, bronquite crônica do tabagismo, bronquite eosinofílica e Asma.

O que diferencia a asma dessas outras formas é o tipo de inflamação que acomete os brônquios.
Na asma a inflamação das vias aéreas é um processo crônico e contínuo mesmo que o asmático não apresente sintomas persistentes.

Tradicionalmente surge na infância podendo aparecer também na idade adulta.

Não se conhece a causa exata mas acredita-se que a interação entre predisposição genética e ambiente seja o principal mecanismo desencadeante, sendo a herança genética responsável por 35 a 95% dos casos. A transmissão materna é mais intensa do que a paterna.


Asma intermitente, persistente, asma tosse variante, asma induzida pelo exercício, asma induzida por aspirina e asma do obeso são diferentes apresentações clínicas.

Os principais fatores desencadeantes de uma crise aguda são as infecções virais respiratórias, exposição a alérgenos inaláveis como poeira, mofo, odores fortes, pêlo de animais domésticos e também estresse e ansiedade.

A inflamação crônica das vias aéreas, marca registrada da asma, faz com que os brônquios se tornem hipersensíveis e, quando estimulados, respondam com aumento da produção de muco e contração de sua musculatura o que provoca a obstrução das vias aéreas. Essa obstrução dificulta o livre trânsito de ar fazendo aparecer os principais sintomas que são o chiado no peito, a falta de ar (muitas vezes descrita como “fôlego curto”), a tosse e a sensação de opressão no tórax.


As crises podem ser reversíveis espontaneamente ou por efeito medicamentoso dos broncodilatadores.


A intensidade das crises também varia, desde minimamente sintomática até quadros dramáticos de insuficiência respiratória aguda.

O tratamento se baseia na combinação de broncodilatadores e antiinflamatórios inalatórios e em alguns casos deve-se manter o tratamento mesmo na ausência de crises.

Em breve falaremos sobre o mito das “bombinhas” no tratamento da Asma.

 

Tem outras dúvidas sobre asma e problemas respiratórios? Fale comigo: silviomusman@yahoo.com.br

 

Eu sou o Dr.Silvio Musman, especialista em pneumologia, medicina do sono e do exercício.