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Qual é o segredo para uma longevidade saudável

Um dos grandes sonhos da maioria dos humanos é viver uma vida longa, saudável e chegar à terceira idade com independência física e autonomia mental.

Os dados mostram que temos tido algum sucesso em atingir esse objetivo ao longo do tempo.


A expectativa média de vida dos brasileiros nos anos 1990 era de 65 anos, subindo 5 anos na década seguinte e atingindo 74 anos em 2010.


Mas quais os segredos para a longevidade saudável?

Excluindo os fatores genéticos, sobre os quais ainda não temos muitas ferramentas de intervenção, a longevidade se assenta sobre três pilares: sono, exercícios físicos e nutrição.

Os progressos em saneamento básico e acesso a alimentos avançaram bastante após a segunda Guerra Mundial, contribuindo para reduzir a mortalidade.

Sono insuficiente e de má qualidade está associado a obesidade, doenças metabólicas, depressão, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e maior mortalidade.

Recomenda-se para o adulto um período total de sono não inferior a 7 horas por noite e com qualidade, ou seja, tempo de adormecimento de no máximo 30 minutos, poucos despertares ao longo da noite e sensação de sono reparador ao acordar pela manhã.


Sono insuficiente e de má qualidade está associado a obesidade, doenças metabólicas, depressão, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e maior mortalidade.

Em 2008 as Diretrizes de Atividade Física recomendavam pelo menos 150 minutos de atividade de moderada intensidade ou 75 minutos de atividade intensa por semana para se atingir os benefícios à saúde.

As pesquisas clínicas que surgiram após 2008 forneceram novas informações que ajudaram a entender melhor essas relações e agora surge um novo paradigma para a longevidade.

Trata-se do modelo do Ciclo de Atividades das 24 horas.

Sono, comportamento sedentário, atividades leves e atividades intensas compõem esse ciclo que preenche as 24 horas de nossos dias.

Ficar deitado, assistir televisão, ficar em frente ao computador são componentes do comportamento sedentário que, se exercido de forma intensa, aumenta nossa mortalidade.


A boa notícia é que atividades do cotidiano como arrumar a casa, cozinhar, fazer compras, trabalhar no jardim, caminhar pelas ruas ou simplesmente ficar de pé aumentam nossa sobrevida.

O aumento de um desses domínios contribui para reduzir outro e, além disso, pode influenciar positivamente. Fazer atividades físicas intensas melhora a qualidade do sono.

Esse novo modelo ainda deverá ser tema de estudos e pesquisas científicas e servir de base para a formulação de políticas públicas de saúde mas certamente contribuirá para avançarmos, superando nossa média atual de expectativa de vida.

Termino com uma frase que cito muito aos meus pacientes: uma velhice saudável não é para quem quer mas sim para quem fez por merecer.

Eu sou o Dr.Silvio Musman, médico pneumologista, do exercício e do sono.