Considerando que informação é fundamental na busca de alimentos mais saudáveis, quem é que nunca se sentiu perdido ao comprar um alimento nos supermercados tentando achar alguma informação relevante nutricional nas letrinhas miúdas dos rótulos?
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Endocrinologia e a "magia" dos hormônios: afinal, o que é isso? Depressão: uma doença silenciosa nos idososSonambulismo: o preconceito, o estigma e os mitos da doençaMas parece que em breve teremos novidades. A ANVISA informou que uma nova normatização da rotulagem dos alimentos vem sendo amplamente discutido com empresas da área, governo, procons, sociedade civil e entidades do setor.
A Agência abriu uma consulta pública para receber comentários e sugestões de aperfeiçoamento do texto mas o prazo para o recebimento dos comentários se encerrou recentemente no dia 6 de novembro. Depois do prazo do recebimento das sugestões, a Agência fará uma análise das contribuições.
Em geral, quando é observado um grande número de propostas, ocorre uma segunda rodada de debates para a análise, envolvendo órgãos, entidades e aqueles que tenham manifestado interesse no assunto, com o objetivo de fornecer mais subsídios para discussões técnicas e a deliberação final da Diretoria Colegiada.
Várias medidas populacionais tem sido debatidas no mundo todo e algumas estratégias estão sendo implementadas para frear o crescimento de doenças crônicas degenerativas como obesidade e diabetes mellitus.
Entre as ações que têm sido propostas encontram-se a rotulagem frontal dos alimentos, as taxações de bebidas ricas em açúcar, a proibição de publicidade dirigida ao público infantil e a regulamentação da alimentação nas escolas.
Existem três modelos de rotulagem, sendo que dois foram discutidos nos últimos anos.
No Reino Unido, em 2016, foi adotada uma política governamental com objetivo de reduzir a obesidade infantil e traçada uma meta em parceria com a indústria alimentícia de redução de 20% dos alimentos com alto teor de açúcar até 2020. Essa meta incluía categorias de alimentos que, juntamente com bebidas açucaradas, representam 50% da ingestão de açúcar das crianças, como cereais, produtos de confeitaria e produtos consumidos no café da manhã (waffles, panquecas).
Os impostos sobre bebidas açucaradas foram introduzidos em vários países, incluindo México, França e Hungria. Espero que as essas novas propostas possam facilitar a vida de todos que se interessam em cuidar melhor na hora de escolher os alimentos para levar para casa. Como diz uma velha máxima, “você é o que você come”. .