Neste mês, a sociedade abraça a causa da prevenção e diagnóstico do câncer de mama, o Outubro Rosa. Algumas pacientes até aguardam este mês para colocar em dia seus exames e, para as esquecidas, um lembrete é sempre bem-vindo. Logo o mês vai acabar, mas a atenção ao problema deve se estender para o ano todo. Afinal, quem não conhece alguém que tem ou teve o câncer de mama?
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No fundo, o câncer de mama é causado por uma anormalidade genética e a diferença entre os dois grupos é que o primeiro herdou a mutação genética de um parente e o outro apresentou a mutação ao longo da vida. O que pode aumentar o risco de desenvolver essa mutação é ainda motivo de muita pesquisa, mas há informações no caminho de que o estilo de vida pode influenciar: obesidade, tabagismo, álcool, sedentarismo, primeira gravidez tardia, não amamentação e reposição hormonal sem critérios.
O exame mais importante de rastreamento do câncer de mama é a mamografia, realizada anualmente após os 40 anos. É ests exame que detecta o câncer antes mesmo de ser palpado pela paciente e, portanto, é o que garante a maior chance de cura pois, como regra geral, quanto menor o tamanho do tumor maior é a possibilidade sucesso. A taxa de sobrevida em cinco anos para mulheres com câncer de mama nos estágios iniciais é perto de 100%.
O ultrassom é um exame muito importante e vem para complementar a mamografia em casos indicados. Por incrível que pareça, a mamografia tem um falso-negativo de 10%, isto é, não detecta 10% das pacientes que têm câncer de mama e é claro que o exame de palpação das mamas é importante para completar a procura.
O tratamento tem apresentado avanços importantes: as cirurgias procuram associar o melhor tratamento oncológico com melhores resultados cosméticos através da oncoplastia, as cirurgias mutiladoras deram lugar às reconstruções, a retirada completa dos gânglios ou linfonodos axilares foram substituídas na maioria das vezes pela biópsia de poucos linfonodos, os chamados linfonodos sentinelas.
Os tratamentos com radioterapia e quimioterapia também melhoraram bastante e se tornaram mais efetivos com novas técnicas e medicamentos. Inclusive a tendência é planejar um tratamento individualizado para cada paciente levando em conta as características daquele tumor que ela teve.
Em suma, um universo de boas notícias deverão vir por aí nos próximos anos. Vamos torcer!
marcoszagury@hotmail.com