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Tratamentos de reprodução humana crescem 19% no Brasil


O número de fertilizações in vitro voltou a crescer no Brasil: no ano passado foram realizados 43.098 ciclos contra 36.307em 2017. Um aumento de quase 19% no número de procedimentos. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e fazem parte do 12º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio). A fertilização in vitro (FIV) é um método que ajuda pessoas que não conseguem engravidar naturalmente e, aos poucos, vem se tornado mais popular. A técnica, que chegou ao Brasil em 1984, tem atraído muitas famílias.


Os ciclos de fertilização in vitro consistem em um tratamento que estimula a produção de óvulos e a retirada das células reprodutoras para a realização de fertilização. De acordo com dados do relatório, o Rio de janeiro foi o 3° estado que mais realizou ciclos (3.959), perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais.

O relatório mostra também que houve um aumento no número de congelamento de embriões para uso em técnicas de Reprodução Humana Assistida. Segundo a Anvisa, em 2018 foram congelados 88.776 embriões, contra 78.216 congelamentos em 2017, um aumento de 13,5%.

A Região Sudeste lidera o número de congelamentos, representando 65% dos que são feitos no país, seguida pela região Sul, com 14%, Região Nordeste, com 13%, Região Centro-Oeste, com 7% e, por último, a Região Norte, com 1% dos congelamentos embrionários.
 
“São vários os motivos para esse crescimento do número de fertilizações. Entre eles,  as mulheres precisam trabalhar, deixam para engravidar mais tarde e quando não conseguem recorrem às clínicas de reprodução.
Com marido e mulher trabalhando, é possível, mesmo que não haja subsídio por parte dos planos de saúde ou pela saúde pública, que mais pessoas tenham acesso.

 

E houve uma desmistificação dos tratamentos, hoje em dia todo mundo conhece alguém que teve uma gravidez por fertilização” , afirma Márcio Coslovsky, especialista em Reprodução Humana e membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE).

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