Pesquisadores do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e comunidade médica de Cali, na Colômbia, comemoram o sucesso da primeira cirurgia de redesignação sexual realizada com pele de tilápia.
Isso mesmo. Tema de pesquisas do grupo de brasileiros desde 2014, a matéria-prima do peixe direcionada à área da ginecologia e da saúde em geral apresenta resultados positivos.
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Cirurgia íntima feminina: uma prática cada vez mais comum e arriscadaNo país campeão de cirurgia íntima, mulheres contam suas históriasProblemas na região íntima de mulheres podem ser solucionados com cirurgia plásticaRedesignação sexual: você sabe como é a cirurgia de mudança de sexo?Saiba por que a cirurgia íntima é sucesso no BrasilQuem garante é o médico Leonardo Bezerra, do Ceará, que tem operado e divulgado a técnica para reconstrução vaginal de mulheres que nasceram sem o canal vaginal, para quem passou por tratamento de câncer e para os transexuais.
Autor da técnica de redesignação sexual usando a pele de tilápia, Bezerra informa que o procedimento foi testado por uma equipe multidisciplinar da Maternidade Escola Assis Chateaubriand e do NPDM, sob coordenação do médico Odorico Morais.
“O uso de pele de tilápia na ginecologia passou a ser pesquisado a partir do sucesso alcançado com a utilização da membrana no tratamento de queimaduras – pesquisa realizada no Ceará desde 2014, com coordenação do cirurgião plástico e presidente do Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ), Edmar Maciel. Segundo Bezerra, com a pele de tilápia, o procedimento cirúrgico ficou mais rápido e menos agressivo.
A cirurgia
Realizada em Cali, na Colômbia, a primeira cirurgia de redesignação de sexo (masculino para feminino) abriu novas perspectivas. “Outras nove cirurgias já estão agendadas para ocorrer naquele país até o fim do ano, com matéri- prima originária do Banco de Peles de Tilápia, instalado no NPDM/UFC”, adianta o médico.
Bezerra informa que o procedimento cirúrgico atendeu a um paciente de 36 anos e teve duração de duas horas.
A equipe contou com as participações dos pesquisadores cearenses Edmar Maciel Lima Júnior e Leonardo Bezerra, bem como do cirurgião plástico Álvaro Rodriguez, referência na Colômbia e na América do Sul em cirurgia de redesignação sexual.
“Sucesso total”, comemoraram os cientistas cearenses ao fim dos trabalhos na Clínica LungaVita, em Cali. Segundo eles, o procedimento cirúrgico contou com aprovação do Conselho de Ética Médica colombiano e foi precedido por um meeting internacional, com o objetivo de discutir e padronizar a técnica e as estratégias que vão nortear as cirurgias de redesignação sexual com a pele de tilápia em todo o mundo. Aspectos éticos e legais, em âmbito internacional, também fizeram parte da conversa.
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