Quadro clínico gerado pelo estresse, a ansiedade é cada vez mais comum no cotidiano do século 21. Boa notícia é que uma alimentação adequada e algumas ações básicas como tomar banhos de sol podem ajudar o indivíduo a controlar e diminuir os efeitos do mal do século, experimentando uma vida mais plena.
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Palavra de Leone Gonçalves, preparador físico e nutricionista com especialização em nutrição ortomolecular. Amparado em estudos que detalham a reação fisiológica do corpo à ansiedade, o especialista lista a seguir oito ações que ajudam a aliviar a mente. Confira:
1 - Reduza a ingestão de cafeína
Não é algo raro se sentir ansioso ou mais agitado depois de consumir bebidas com cafeína. Inclusive, o quadro de “transtorno de ansiedade induzido pela cafeína” é um diagnóstico médico oficial. A cafeína é um psico estimulante, que mesmo após estimular o sistema nervoso central, permanece na corrente sanguínea e nos tecidos por até seis horas. A maioria das pessoas pode consumir até 300 mg de cafeína (o que equivale a três xícaras de 240 ml ) antes de começar a ter problemas. No entanto, se você estiver consumindo mais que isso, diminua a quantidade e veja se o quadro de ansiedade apresenta alguma melhora.2 - Substitua o café pelo chá de camomila
A erva contém as substâncias apigenina e luteolina, que promovem o relaxamento. Num estudo, pacientes prestes a se submeterem a um cateterismo cardíaco foram tratados com chá de camomila para se observar quais efeitos ela exercia sobre o sistema cardiovascular. Embora não tivesse efeito mensurável, 10 dos 12 pacientes adormeceram durante esse procedimento que gera tanta ansiedade. Para ação calmante máxima, use dois saquinhos de chá de camomila para uma xícara de água e deixe em infusão, coberto, por 10min. Beba três xícaras por dia quando estiver passando por momentos de tensão.
3 – Consuma cereais
Um estudo da Universidade de Tufts com 3 mil homens e mulheres detectou que até 39% das pessoas têm níveis baixos de B12, ao passo que cerca de 9% são deficientes. Os pesquisadores levantaram a hipótese de que o problema esteja na absorção do nutriente. A vitamina B12 no cereal é mais bem absorvida do que em outros alimentos porque a vitamina é borrifada, como um suplemento. (Tome o leite até o último gole, que é onde ficam as vitaminas do cereal matinal.)
4 - Tome banhos de sol
A luz do sol é um tremendo inibidor de ansiedade. Portanto, experimente ficar ao sol 15min por dia. Isso vai aumentar os níveis de vitamina D de forma natural, o que pode diminuir a depressão e a ansiedade.
5 – Valorize o atum no cardápio
O atum têm altos níveis do aminoácido essencial lisina, um dos componentes dos neurotransmissores. Em estudo de 2004, homens que tinham altos níveis de ansiedade experimentaram efeitos positivos após a introdução de lisina na alimentação. As taxas do aminoácido são mais altas na carne, no peixe e nas leguminosas, entre outras fontes.
6 - Prefira o mel no lugar do acúcar
Um estudo neozelandês de 2009 apurou que ratos alimentados com mel, que tem efeito antioxidante alto, tiveram menos ansiedade num labirinto complexo do que os que receberam uma quantidade equivalente de sacarose. Assim, os estudos apontam que esta substituição do acúcar pelo mel também pode funcionar no 'labirinto estressante' da vida.
7 - Use o poder de alimentos ricos em ômega-3
Os ácidos graxos ômega-3, abundantes em peixes gordurosos, frutos secos e linhaça, reduzem os sintomas de ansiedade. Além disso, limitam no organismo os níveis de estressores químicos como adrenalina (epinefrina) e cortisol. Uma pesquisa israelense mostrou que alunos que receberam suplementos de óleo de peixe tiveram menos ansiedade nas provas; segundo medidas de seus hábitos de alimentação e de sono, níveis de cortisol e estados mentais.
8 – Ligue o alerta em caso de compulsão alimentar
Se você identificou o ciclo da compulsão alimentar, percebeu que consome mais comida do que deveria e acredita que as causas estejam muito além do simples estresse e da ansiedade natural por algo que se está a realizar, fique atento. Se o problema persistir, é válido recorrer a um especialista da área de saúde, como um terapeuta ou psicólogo, que poderá ajudar a entender este acontecimento pelo viés mental e emocional, identificar a sua origem e qual a melhor forma de resolver a questão.