Adesivo promete queimar gordura sem você precisar fazer nada

A descoberta foi publicada na revista científica Small Methods

09/11/2018 18:25
Nanyang Technological University Singapore
(foto: Nanyang Technological University Singapore)

Um estudo preliminar feito com ratos em uma universidade de Singapura mostrou redução de massa gorda nos animais após utilizarem um adesivo composto por microagulhas, que ajudam a queimar gordura.

De acordo com os pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Nanyang (NTU), o método poderia ajudar a diminuir o número crescente de obesos no mundo, sem que seja necessário recorrer a intervenções cirúrgicas ou outros medicamentos com fortes efeitos colaterais.

Como funciona

A descoberta foi publicada na revista científica Small Methods. O método simula um funcionamento natural do organismo que acontece em bebês: utilizar a própria gordura do corpo para queimar energia.

Para estimular o corpo a fazer esse processo, os pesquisadores utilizaram microagulhas - mais finas que um fio de cabelo - biodegradáveis envoltas de uma cobertura adesiva. O adesivo deve ser pressionado sobre a pele por, no mínimo, dois minutos.

À medida que as agulhas se decompõem, elas liberam uma substância capaz de transformar a gordura branca, responsável pelo ganho de peso, em gordura marrom, que ajuda na queima de energia.

Até o momento, o adesivo, que foi testado apenas em laboratório, apresentou resultados favoráveis. Em quatro semanas, o método conseguiu reduzir em 30% o ganho de peso nos animais testados. "Com as microagulhas incorporadas na pele dos ratos, as gorduras ao redor começaram a se tornar marrom em cinco dias, o que ajudou a elevar o gasto energético dos roedores, levando à redução do ganho de gordura corporal", afirmou o professor-assistente do experimento Xu Chenjie em comunicado da NTU.


Não foi informado quando o protótipo será testado em seres humanos.

Benefícios

O principal benefício do método está relacionado ao combate da obesidade, distúrbio que envolve excesso de peso que, segundo a Organização Mundial de Saúde, afeta mais de 1,9 milhões de adultos no mundo. O distúrbio está relacionado com o aumento de doenças cardíacas, vasculares, cerebrais e da incidência da diabetes tipo 2.